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Diário Liberdade
Quinta, 15 Setembro 2016 12:56 Última modificação em Quinta, 15 Setembro 2016 15:10

Agora Galiza pede abstençom contra "bandidos" e "remendos" no dia 25 de setembro

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País: Galiza / Institucional / Fonte: Agora Galiza

Por terceira vez em menos dum ano o povo galego é apelado para participar num processo eleitoral.

Nesta ocasiom para o parlamentinho autonómico, umha instituiçom sem soberania, submetida à legislaçom espanhola e da UE, portanto desprovisto de atribuiçons em matérias fundamentais para defender os interesses do povo trabalhador e da naçom galega.

Novamente a abstençom ativa é a posiçom que adota a esquerda independentista, socialista e feminista galega articulada em Agora Galiza.

Tal como já manifestámos em dezembro de 2015 e junho de 2016, consideramos que na atual fase da luita de classes e de libertaçom nacional nom existem as mínimas condiçons para que a esquerda revolucionária participe nos processos eleitorais que legitimam a democracia burguesa espanhola.

Nom existem basicamente por duas razons:

1-O espaço sociopolítico em que nos enquadramos está desmembrado e nesta conjuntura a participaçom nas eleiçons nom é a via para reconfigurá-lo.

2- O ilusionismo eleitoral promovido pola fraudulenta “nova política” tem desmovimentado a classe operária e o conjunto do povo trabalhador, reforçando os mecanismos de alienaçom e legitimaçom de um regime caraterizado polo latrocínio e a sobreexploraçom de classe, decidido a aniquilar o projeto nacional galego.

O mercado eleitoral de 25 de setembro possibilita escolher basicamente entre dous campos.

1- O das forças políticas tradicionais caraterizadas por defender o regime postfranquista e o capitalismo neoliberal. Tanto PP, PSOE como C´s som forças ultrareacionárias que só pretendem reforçar o status quo que tem conducido a amplos setores populares ao empobrecmento, precarizaçom e perda permamente de direitos e liberdades.

2- O das forças reformistas que com discursos similares -diferenciados no vetor nacional-, alimentam a possibilidade de mudar o curso dos acontecimentos introduzindo umha papeleta numha urna. Tanto Podemos/Marea como o BNG continuam nutrindo a ilusom de que é possível recuperar direitos, conquistas e liberdades mediante o trabalho parlamentar e institucional.

A realidade é teimuda e constata que estamos numha longa fase de refluxo operário, popular, feminista e nacional. Um ciclo em que particamente deaparecérom as mobilizaçons e luitas, única via para frear os planos da burguesia de impor um sistema de exploraçom de classe, similar ao de inícios do século XX.

Sabemos que a nossa posiçom é compartilhada por dezenas de milhares de trabalhadoras e trabalhadores, de jovens, de homens e mulheres empobrecidos e abafados polo capitalismo espanhol e a UE, mas que perante a possibilidade de “deslocar” o governinho bandido que ocupa a Junta da Galiza desde há oito anos, deixam-se arrastar pola esperança de tentá-lo mais umha vez empregando as normas trucadas de um sistema eleitoral elaborado para perpetuar a dominaçom dos partidos do regime de 78.

A todas e todos estes compatriotas solicitamos que analisem os resultados reais da via ensaiada polas forças reformistas após mais de quatro décadas.

Nom passa de umha ilusom acreditar que participar no processo eleitoral é o mecanismo ajeitado para derrotar o PP. Pois em caso de lográ-lo as experiências dos governos “alternativos” estám ai: mera gestom morna das diretrizes marcadas por Madrid, Bruxelas e Washington e incumprimento das promessas.

Apostar nas mornas políticas de remendos que prometem Podemos/Marea e o BNG é atrasar a recomposiçom de um bloco operário e popular, de dotá-lo dumha estratégia revolucionária que acumule forças para recuperar a soberania e a independência nacional da Galiza para sentar as bases da construçom do socialismo.

Nom existem atalhos nem fórmulas cómodas e fáceis para mudar o presente. Que nom nos enganem.

Só a luita organizada e combativa da classe operária e do povo trabalhador galego alicerçada na mobilizaçom permanente e encadeada logrará derrotar as políticas ultrareacionárias e antipopulares, as políticas autoritárias do amigo de Marcial Dorado, do dirigente do partido de Barcenas, Rato, Soria, da Gurtel e de muitos outros milhares de delinquentes.

Direçom Nacional de Agora Galiza

Na Pátria, 9 de setembro de 2016

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