O PP aumentou em votos e percentagens, mantendo umha folgada maioria absoluta no Parlamento autónomo galego, onde o resto de cadeiras é repartido em quinhons idênticos por En Marea (14, ganha 5) e PSOE (14, perde 4), ficando o BNG com (6, perde 1).
A redistribuiçom de representantes da oposiçom institucional (diversas famílias social-democratas, incluído o soberanista BNG), nom altera nada de fundamental no Parlamento, permitindo ao Partido Popular manter as políticas ultra neoliberais que o caraterizam.
Desmobilizaçom geral, hegemonia conservadora
Ao que todo indica, o abandono das ruas para se limitar à concorrência exclusivamente eleitoral por parte dos chamados "movimentos sociais" provenientes da vaga de descontentamento do 15M, aglutinados sobretodo por En Marea (Podemos + IU + Anova), confirma que a direita ganha quando joga "na casa"; quer dizer, sem conflitos nem pressom nas ruas.
A única surpresa parcial foi o bom desempenho do BNG, a única opçom opositora com um certo perfil de esquerda, se bem incorporado à mesma voragem eleitoral que absorve todas as energias da resposta à direita na Galiza dos últimos anos.
Com um PSOE deprimido pola importante queda de apoios (de 20% para 17%), o novo "líder da oposiçom", o juiz Luís Villares, já confirmou que o pensamento do seu grupo político (com 19% de apoios) está em 2020, quando aspiram a disputar novamente a maioria incontestada do PP.
Salientável também o fracasso de Ciudadanos no seu assalto ao Parlamento, com um discurso e um programa abertamente ultra, cheio de agressivo nacionalismo espanhol e neoliberalismo em grandes doses. Fica fora.
Apesar de todo, o futuro em aberto
Sem umha expressom partidária da esquerda revolucionária nem independentista, resta unicamente comprovar se o BNG também continuará a limitar a sua açom política ao espetáculo mediático-institucional ou a alarga a tentar espicaçar o descontentamento em forma de contestaçom de massas nas ruas galegas. Isso porque as últimas décadas tenhem demonstrado suficientemente que no interior dos parlamentos burgueses nengumha esquerda consegue mudar nada de relevante e a crise económica só vai aumentar, tal como as respostas reacionárias dos governos.
Por outra parte, o povo galego tem dado nos últimos anos mostras de disponibilidade para a luita social nas ruas, muito acima da média espanhola em termos de mobilizaçons, conflitos laborais, etc, mas carece nesta altura de umha direçom política com aspiraçons para além das reduzidas dimensons do Parlamento do Hórreo e das restantes sedes institucionais da Comunidade Autónoma. E aí sim, nas ruas, fôrom conquistados direitos e mesmo posiçons eleitorais, embora só pontualmente, a partir de conflitos de massas desenvolvidos fora da institucionalidade burguesa.
Cabe sublinhar finalmente a reveladora reaçom da esquerda espanhola nas redes sociais, onde proliferam insultos e frases racistas e xenófobas contra os galegos e galegas, pola vitória da direita, como se nom fosse esse o resultado mais habitual no conjunto do Estado espanhol (e mais além!).