A agudizaçom da crise na última década nom é umha exceçom, segundo denuncia umha campanha do Movimento Galego da Saúde Mental.
O MGSM, movimento cívico que fai trabalho social pola defesa do direito à saúde mental das galegas e galegos, denuncia nestes dias o grave incremento de casos de suicídios na Galiza, no quadro de umha deterioraçom geral da saúde mental e do atendimento público às necessidades crescentes que nessa área afetam a populaçom galega.
Formado por mais de 400 profissionais do ámbito da saúde mental pública galega, da justiça, sindicais, educadores/as, etc, o MGSM lançou um vídeo em que expom os problemas de saúde que a crise capitalista está a originar no nosso país.
“Badaladas pola prevençom do suicídio” é o título deste material audivisual, que lembra que a OMS reconheceu em 2011 a incidência direta das crises económicas no aumento do número de casos de suicídios. De facto, a Galiza tem as taxas mais elevadas de suicídios do conjunto do Estado espanhol, sem que se consiga visibilizar e enfrentar tam grave problema.
Na Galiza, o suicídio ultrapassou já os acidentes de tránsito como causa de morte, sendo 2014 o pico do número de pessoas que dérom cabo da própria vida, atingindo-se as 371, portanto mais de umha por dia, face a 181 em acidentes de tránsito.
Antes disso, 1993 tinha sido o pior ano, com 372 pessoas mortas por suicídio, mas a tendência ascendente parte de maneira marcada de 1980, aumentando ao ritmo do aprofundamento da crise económica estrutural capitalista.
As mortes por suicídio tenhem a maior incidência em idades entre os 30 e 39 anos, sendo homens três em cada quatro vítimas.
As autoridades políticas e da saúde desprezam o assunto, evitando a aplicaçom de qualquer plano que ajude a reduzir o número de suicídios, mas de facto som as condiçons de vida degradantes que o capitalismo impom as que determinam a alta incidência das mortes por suicídio. Os suicídios costumam ser protagonizados por pessoas que nom conseguem lidar com as suas circunstáncias vitais, nas quais a situaçom socioeconómica é determinante.
A existência de tam grave problema costuma ser escondido e desconsiderado, quando nom socialmente marcado como sendo qualquer tipo de “vergonha” ou “falha individual”. Nem sequer documentos oficiais do SERGAS ou da Direçom Geral de Saúde Pública reconhecem a existência do problema.
É por todo isso que o MGSM reclama umha abordagem a sério que permita reduzir a alta taxa de suicídios atual, com base numha estratégia social, económica e de saúde pública.