“Eleger a Arábia Saudita para proteger os direitos das mulheres é como escolher um incendiário para chefe dos bombeiros”, criticou Hillel Neuer, diretor da UN Watch, considerando "um absurdo" o resultado da votação em que "o regime mais misógino do mundo" obteve 47 votos dos 54 países que participaram nesta eleição.
As mulheres sauditas “são obrigadas a ter um guardião masculino que toma todas as decisões fundamentais em seu nome, controlando a vida da mulher desde o nascimento até à morte”, prosseguiu Neuer, lembrando ainda a proibição vigente que impede as mulheres de conduzirem automóveis.
A Comissão dos Direitos das Mulheres conta com 45 países e na eleição desta semana para o mandato entre 2018 e 2022 participaram os 54 membros do Conselho Económico e Social, entre os quais Portugal.
A eleição da Arábia Saudita para este organismo surge poucos meses depois da sua entrada no Conselho da ONU para os Direitos Humanos, que também tem a seu cargo a definição de orientações de combate à discriminação e violência de género.