O povo trabalhador da parte grega da Macedônia, desfiando a chuva, participou massivamente e com espírito combativo da concentração da Organização da região da Macedônia Central do KKE em Tessalônica, em 6 de março, onde o Secretário Geral do KKE, Dimitris Koutsoumpas, apresentou a posição do Partido sobre os desenvolvimentos nos Bálcãs, no Oriente Médio, sobre as relações greco-turcas e a questão cipriota, depois da escalada da agressividade da Turquia. As pessoas que participaram, manifestaram sua decisão de aumentar a luta contra os planos imperialistas e os perigos que implicam para os povos de nosso país e da região em geral.
Dimitris Koutsoumpas, em seu discurso, destacou que o “interesse” dos EUA, da OTAN e da UE com relação ao norte da Grécia, com foco em Tessalônica, tem a ver com a implementação dos planos imperialistas na região, sua disputa com a Rússia e com a China. Por isso, os EUA e a OTAN têm no ponto de mira o norte da Grécia, que não só está no “coração” da Península Balcânica, como também é um ponto chave para os planos contrários a respeito do transporte de energia e de mercadorias. É por isso que o embaixador dos EUA caracterizou Tessalônica como “porta de entrada” nos Bálcãs ocidentais e no sudeste da Europa.
Por isso, estão preparando planos para novas bases militares, como a de Alexandrópolis.
O Secretário Geral do CC do KKE enfatizou que a escalada da agressividade turca no Egeu e com relação à ZEE do Chipre refuta o governo, que está gerando preocupação ao povo. Dimitris Koutsoumpas destacou que a OTAN não protegeu até agora os direitos soberanos de nenhum país, nem vão proteger no futuro. Além disso, ao referir-se ao acordo que está preparando o governo de SYRIZA-ANEL com ARYM disse que isto não colocará fim à propaganda irredentista, não garantirá o reconhecimento mútuo da inviolabilidade das fronteiras, da integridade territorial dos dois países, das mudanças necessárias na Constituição do país vizinho.
Dimitris Koutsoumpas chamou o povo a unir suas forças com o KKE, que é o único partido que pode liderar o reagrupamento do movimento operário na luta contra a guerra imperialista, as intervenções da OTAN e da UE, para que o povo chegue realmente ao poder.
Depois da concentração, ocorreu uma longa marcha combativa para o consulado dos EUA em Tessalônica. Milhares de lutadores com cartazes e bandeiras do KKE alçadas, denunciaram que “os imperialistas voltam a dividir o mundo. Estão traçando as fronteiras com o sangue dos povos”. Declararam sua resistência e luta com os lemas “solidariedade com a luta dos povos contra os planos dos imperialistas” e “sem medo, não nos subjugamos, junto com o KKE pela derrubada”
Fora do consulado dos EUA, com um ato impressionante, com as sirenes da guerra e com sons de bombardeios no ar, jovens da KNE mostraram a barbárie e a morte que semeiam os imperialistas e, ao mesmo tempo, a força do povo decidido a levar a cabo a derrubada do sistema. Queimaram a bandeira dos EUA e gritaram “não nos subjugamos ao imperialismo, a única superpotência são os povos!”.
*Informação da Seção de RI do CC do KKE