No entanto, 2 anos após esta decisão, deu-se um novo referendo, desta vez por parte de todo o Reino Unido para a saída da União Europeia, também conhecido como Brexit. O referendo teve data no dia 23 de Junho de 2016, e foi para surpresa de muitos que 51.89% dos votos foram a favor da saída do reino britânico da União Europeia. Estatísticas mostraram que a Escócia foi onde uma maior percentagem da população votou contra a saída do Reino Unido da EU, mas infelizmente não foi o suficiente para manter o país na comunidade europeia.
O referendo britânico originou uma grande polêmica a nível nacional assim como em outros países da União Europeia. Inconsistências nas campanhas e negociações entre a União Europeia e o Reino Unido são os principais motivos para o descontentamento da população em relação ao resultados do referendo Brexit. Alegações indicam falsificação e distorção de informação para benefício das campanhas a favor da saída da União Europeia, o que parece ter influenciado uma das principais razões da população votar a favor da saída: falta de informação sobre os prós e contras da saída do Reino Unido da UE que levaram a um voto menos informado por parte da população britânica.
Sendo o Reino Unido uma comunidade com uma taxa elevada de imigrantes, muitos foram os que começaram a temer pela viabilidade dos seus passaportes e vistos. No entanto, para cidadãos da União Europeia, espera-se que com que as negociações do Brexit possam garantir a sua residência permanente, enquanto que por outro lado, o destino de refugiados e os requisitos para atribuição de vistos para outros imigrantes pode vir a sofrer drásticas alterações.
A Escócia foi uma das uma das áreas do Reino Unido mais descontentes em relação ao resultado deste referendo, pois mais de 60% da população nacional votou contra a saída da comunidade europeia. Novas estatísticas do SNP (Scottish National Party) mostram que com a aproximação da data oficial do Brexit, os escoceses mostram mais interesse na proclamação da sua independência no caso das negociações entre o Reino Unido e a UE não chegarem a um acordo que agrade o parlamento escocês. O Reino Unido e a União Europeia têm uma relação recíproca no que toca a comércio, indústria e apoio militar, que iria sofrer graves alterações com a saída do Reino Unido.
De momento, as estimativas mostram que 52% dos questionados são a favor da independência da Escócia, independentemente do resultado final das negociações. É assim de esperar que caso tais negociações não corram como esperado, que a percentagem de escoceses a favor da independência aumente, criando a possibilidade de um novo referendo vir a ter lugar num futuro próximo. Essa possibilidade vem já sendo seriamente considerada, sendo que agora sites como aBetway colocam da Escócia votar contra ou a favor da independência em 50/50, sendo que no início do ano as probabilidades do voto pela independência eram bastante baixas, demonstrando que à medida que o processo do Brexit se arrasta e as consequências são um pouco mais evidentes, os escoceses cada vez mais olham para a independência como uma alternativa viável.
A independência da Escócia é um assunto bastante sensível de momento, com a população dividida entre o Sim e o Não e o que será possivelmente a melhor decisão para o país. Um referendo em 2018 já não é uma possibilidade, mas após a saída do Reino Unido da UE a 29 de Março de 2019, existe uma chance de que a Escócia proponha um novo referendo.
A separação do povo escocês do Reino Unido será mais uma perda para a comunidade britânica, e poderá levar a um efeito dominó sobre as outras naçõespertencentes ao Reino Unido, como Gales e a Irlanda do Norte, e causar a total fragmentação do país. Nada é certo, e como foi anunciado por parte do parlamento escocês, o resultado final das negociações com a União Europeia irá definir o destino da Escócia no Reino Unido.