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Diário Liberdade
Segunda, 27 Junho 2016 20:28

Os editores do Diário avaliam eleiçons espanholas

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País: Estado espanhol / Institucional / Fonte: O Diário

A composição do Congresso de Deputados da Espanha – nome oficial das Cortes - alterou-se muito menos do que as sondagens previam.

Os resultados das eleições legislativas do dia 26 não facilitam a saída da crise de governabilidade que adecta o país há sete meses.

O PP de Rajoy elegeu 137 deputados, mais 14 de que em 2015. O PSOE continua a ser a segunda força política, mas perdeu 5 deputados ,não ultrapassando agora os 85 deputados. O Unidos Podemos, que realizara uma campanha triunfalista, afirmando que ultrapassaria os socialistas, somente elegeu 71 deputados, mais dois do que o Podemos na anterior eleição, apesar de coligação com a Esquerda Unida.Obtiveram menos um milhão de votos do que o Podemos ,isolado, em 2015 . Pablo Iglesias, envolvido em escândalos, construiu uma falsa imagem progressista, mas é transparente hoje que traiu os compromissos assumidos quando surgiu como porta-voz das aspirações do Movimento dos Indignados.
O Partido conservador Ciudadanos, de Albert Rivera, perdeu oito dos 40 deputados que tinha nas Cortes. Os partidos independentistas da Catalunha e o Partido Nacional Vasco mantiveram as posições da legislatura anterior.

Mariano Rajoy esforça-se para apresentar a jornada eleitoral como uma grande vitória do PP: «Ganhamos e reivindicamos o direito a governar!». Mas sabe que alcançou apenas uma vitória de Pirro.

Para obter a maioria absoluta numa Camara de 350 parlamentares seria necessário o apoio de um mínimo de 176. Isso somente seria possível se o PSOE aceitasse formar uma coligação com a PT. Ora essa aliança exigiria da direção do partido de Pedro Sanchez a negação de tudo o que tem afirmado, uma capitulação completa. Mas o PSOE, pressionado pelo rei, pode eventualmente, viabilizar um governo minoritário do PT.

Felipe VI principiará nos próximos dias as consultas aos partidos. Com poucas esperanças de resolver a crise. O impasse persiste num contexto em que o resultado do referendo britânico mergulhou a União Europeia na maior crise da sua história.

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