Esta proposta vai no sentido de liberalizar o comércio de combustíveis fósseis e restringir a implementação de políticas que favorecem as energias limpas. Segundo o TNI, Bruxelas exige que o Tratado Transatlântico inclua “um compromisso obrigatório para eliminar todos os obstáculos existentes à exportação de gás natural” entre os EUA e a UE. O resultado deste compromisso seria o aumento da exportação do gás natural liquefeito norteamericano, contribuindo assim para o aumento das emissões e da dependência dos combustíveis fósseis.
Por outro lado, a mesma proposta contraria os esforços de alguns estados europeus para dar prioridade à energias renováveis. Esta discriminação positiva que é hoje apoiada pela UE estaria condenada se avançasse a proposta de Bruxelas que defende o fim da discriminação entre os diversos tipos de energia no acesso à rede elétrica.
“Apesar da retórica ouvida em Paris, esta fuga de informação das negociações secretas da UE com os EUA mostra que os interesses do comércio e das grandes empresas prevalecem sempre sobre a ação climática. Perante uma crise climática cada vez pior, do que precisamos com urgência é de negociações que ponham o clima e as pessoas em primeiro lugar”, afirma Cecilia Olivet, investigadora do Transnational Institute.