Galiza
Na Galiza as principais convocatórias decorrêrom na manhá, embora fiquem ainda algumhas por celebrar-se - como a dirigida "contra a Europa criminal do racismo e a desigualdade" de Compostela.
Vigo foi a cidade que concentrou os protestos de maior tamanho. A CIG convocou a maior de todas as mobilizaçons na Galiza, com milhares de pessoas (10.000 segundo a organizaçom) que pedírom a derrogaçom da legislaçom neoliberal em matéria de relaçons laborais, ferramentas para deter a emigraçom massiva que dessangra o país, o fim da repressom física contra os e as trabalhadoras (com legislaçons quase totalitárias como a Lei Mordaça') mas, também, a independência e o fim do capitalismo.
Previamente, CUT, STEG, CGT, Sindicato Ferroviário e Sindicato de Elevadores também saírom às ruas da maior cidade galega com vários centenares de manifestantes aderindo a sua convocatória.
Os sindicatos amarelos espanhóis CCOO e UGT também convocárom a sua mobilizaçom central em Vigo que, apesar de ser conjunta, ficou com menos concorrência que a da CIG.
Vigo nom foi, naturalmente, a única cidade com mobilizaçons dos e das trabalhadoras galegas: Ferrol, Corunha, Compostela, Lugo, a Marinha, a Costa da Morte, Ourense ou o Berzo fôrom algumhas das localizaçons em que, com diferentes formatos, a Classe Trabalhadora Galega saiu à luita.
Link para a galeria de imagens do Diário Liberdade em Compostela.
Link para galeria de imagens da CIG na Corunha, Lugo, Ferrol, a Marinha e Cee.
Link para galeria de imagens de Susete com as fotografias da manifestaçom de UGT e CCOO em Ferrol.
Portugal
Também em Portugal escreveu-se mais umha história de luita. Poucos dias após as manifestações de 25 de Abril, as e os trabalhadores sairam às ruas mais umha vez. Para além das grandes convocatórias da CGTP-IN, há convocados "Primeiros de Maio combativos" no Porto e Lisboa.
Centenas de pessoas participárom este domingo no desfile em Lisboa, entre o largo do Martim Moniz e alameda D. Afonso Henriques, para assinalar o 1º de Maio, Dia Internacional da Classe Trabalhadora, na organizaçom da CGTP-Intersindical.
O desfile arrancou às 15:40, a partir do Martim Moniz, na baixa lisboeta até à alameda D. Afonso Henriques, onde o secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, proferiu o seu discurso. Arménio Carlos, afirmou que a semana de manifestaçons pretende reivindicar o aumento de salários, emprego com direitos, a renovaçom da contratação colectiva e as 35 horas de trabalho. "Este é o tempo de concretizar a esperança e lutar pela a mudança, um tempo recheado de desafios e de potencialidades", e acrescentou que "o cumprimento das promessas credibiliza os políticos e a política reforça a democracia". As faixas “Defender, Repor e Conquistar” e “1º de Maio avança pela mudança” fôrom na cabeça.
Entre a multidom foi possível ver-se diversas associaçons e sindicatos ligados aos setores da Educaçom, Segurança e Indústria. No desfile também marcaram presença vários representantes de vários partidos políticos. Outras tarjas empunhadas pelos participantes exprimiam palavras de ordem tais como “Em defesa do Ensino Público” ou “Aumento dos salários e respeito pelas condiçons dos trabalhadores”, entre outras.
Brasil
A data do 1º de Maio tinha no Brasil um significado especial esta vez, no meio de umha forte ofensiva burguesa para estabelecer um regime golpista. Um movimento que lança novos desafios à esquerda frente ao poder e cuja contestaçom pudo ser avaliada hoje nas ruas do país latino-americano. As relaçons entre capital e trabalho – também em alguns aspectos entendida como luta de classes – nunca estiveram tam azedadas como atualmente pelo menos desde os anos 1950/60, entre a tentativa de golpe contra Getúlio Vargas e o golpe consumado contra João Goulart.
O dia de manifestaçons tivo como ponto central a defesa da democracia. Os atos por todo o país celebrárom as conquistas alcançadas nos últimos 130 anos,mas também a disposiçom de ir à luita contra os que pretendem ver a relaçom capital e trabalho se tornar tam desigual com eram em maio de 1886 – levando à luta aqueles operários de Chicago que ontem fôrom lembrados. Os ataques policiais a manifestantes (a mesma polícia que toma fotografias com os e as manifestantes golpistas) marcaram também a data.
A presidenta Dilma Rousseff, à frente das políticas neoliberais da Copa e os Jogos Olímpicos, mas que agora pode ser deposta pela ultradireita golpista para aprofundar mais ainda nessas desigualdades, aproveitou a data para fazer vários anúncios referentes à implantaçom de políticas sociais.
Link para a galeria e acompanhamento do Brasil de Fato.
Foto de Vinicius Sobreira via Brasil de Fato: Mesmo com chuva, manifestação de deste 1º de Maio reuniu mais de 10 mil pessoas em Recife.