A Volkswagen pretende colocar no olho da rua 30 mil trabalhadores em todo o mundo. Segundo a imprensa capitalista, a “medida é parte de um plano para recuperar sua rentabilidade” (G1, 18/11/16). A matriz da empresa, na Alemanha, divulgou que a margem de lucro operacional caiu para 1,6% nos nove meses de 2016 em comparação aos 2,8% no mesmo período de 2015 e que “o objetivo das demissões e de outras medidas internas é alcançar eficiência anual de 3,7 bilhões de euros e aumentar a margem operacional da marca Volkswagen dos atuais 2% para 4% em 2020” (Valor, 19/11/2016).
Além dos 23 mil postos que serão fechados na Alemanha, está prevista a demissão de 3 mil vagas no Brasil, as quais, somadas às 2 mil que já foram efetivadas, dão um total de 5 mil trabalhadores. Na Argentina estão previstas 2 mil demissões. A imprensa burguesa, como não poderia deixar de ser, intensifica a propaganda contra os trabalhadores como se fosse um aspecto de falta de rentabilidade das empresas, fabricam inverdades para maquiar o que realmente está por trás das demissões.
Com a crise de 2008, o imperialismo foi obrigado a traçar um novo plano de contraofensiva para aprofundar os ataques contra os trabalhadores e a população. Nos países da Europa, está sendo aplicada a política de austeridade, que é uma política duríssima. Portugal e Espanha são países onde uma parcela expressiva da população está caindo na miséria. A Grécia não cabe nem comentários, o país está na completa bancarrota. A política de austeridade visa a salvar as empresas capitalistas em crise. É preciso um plano de salvação dos grandes monopólios capitalistas internacionais, e esse plano de salvação tem que ser feito à custa de um ataque profundo, generalizado, contra as massas populares e os trabalhadores.
A política de demissões faz parte de um conjunto de medidas dos capitalistas e seus governos para salvar os parasitas capitalistas da crise. Para barrar os ataques dos patrões e as demissões, os trabalhadores devem ocupar as fábricas.