[Maria Alejandra Díaz*, Tradução de Anisio Pires] A elite Banksteril mundial, em sua compulsão expropriadora, vai na jugular do modelo distributivo rentista venezuelano para destruir a origem da renda petroleira e mudar a sua natureza de pública (iure imperi) para privada (iure gestionis). Por seu caráter supostamente parasitário, tecnocratas de esquerda e de direita alegam por igual que quanto maior a renda, menor é o desenvolvimento e a diversidade econômica.
[José Goulão] O controlo dos fluxos de energia permite dominar o mundo, sobretudo se não tiver absoluta confiança na supremacia militar. Os EUA travam uma guerra para domesticar o mercado dos combustíveis fósseis.
[Germán Saltrón Negretti, Tradução do PCB] A Venezuela não conta somente com as maiores reservas de petróleo do planeta na chamada Faixa Petrolífera do Orinoco, mas possui outras riquezas minerais, inclusive as chamadas terras raras, que nos garante por muito tempo, sair de qualquer crise econômica. “Temos 50 minerais, porém só 15 eles são potencialmente exploráveis e comercializados agora, tais como: diamante, ouro, coltan, ferro, níquel, bauxita, mármore, carvão, granito, fosfatos, feldspatos e as terras raras. Sem contar o ferro que se explora e comercializa desde 1950”.
[Pepe Escobar, Tradução do Coletivo Vila Vudu] É possível que a história já tenha conhecido mais estranhos parceiros de cama geopolítica. Mas no mundo atual da OPEP-plus, as regras do jogo já são controladas de facto pela Arábia Saudita, usina de produção de petróleo da OPEP, em uníssono com a Rússia,non-OPEP.
O Banco de Desenvolvimento de China aprovou hoje um crédito por cinco bilhões de dólares para Venezuela que permitirão aumentar os investimentos na Faixa do Orinoco e outras zonas ricas em petróleo.
A direção golpista da Petrobrás divulgou oficialmente, nessa segunda-feira (25), que fechou um “acordo” com especuladores norte-americanos que detém ações e títulos da empresa brasileira a pretexto de por fim a uma ação coletiva contra a empresa. Pelo acordo, aprovado pela Corte Federal em Nova Iorque, entretanto, a própria Petrobras reconhece que a ação coletiva (Class Action), nos Estados Unidos, não estaria encerrada, uma vez que o suposto “acordo” é passível de contestação junto à Corte de Apelações.
[Elaine Tavares] A Petrobras é uma empresa que nasceu nos anos 50 justamente para garantir que o monopólio do petróleo ficasse sob o controle do estado brasileiro. Naqueles dias de 1953 o país viveu uma poderosa campanha tanto do lado de quem queria entregar o petróleo brasileiro para as empresas estadunidenses, quanto para os que se somavam ao grito de “o petróleo é nosso”. Ao final, venceu a ideia nacionalista de manter esse produto estratégico sob o controle do estado. E isso só começou a mudar em 1997 sob o governo de Fernando Henrique Cardoso. A partir daí a empresa foi privatizando e hoje tem o seu capital aberto, ainda que o estado mantenha a maioria das ações.
"A entrega dessas reservas está condenando gerações futuras a não poder desfrutar da riqueza desse recurso que foi descoberto pela Petrobras e está sendo apropriado pelas multinacionais", afirma FUP
A greve dos caminhoneiros chamou a atenção para o custo dos combustíveis derivados de petróleo no Brasil, situação que o consumidor já vinha sentindo cotidianamente. A alta dos combustíveis está diretamente associada à política de preços instituída em 2016 pela nova gestão da Petrobras, que tinha o Sr. Pedro Parente à frente. Com a medida, a estatal abriu mão de controlar diretamente o preço, evitando variações inflacionárias, para determiná-lo de acordo com o preço do mercado internacional.
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