[Felipe Bianchi e Leonardo Severo] Nesta entrevista realizada na sede do movimento No+AFP (Não mais Administradoras de Fundos de Pensão), em Santiago, o porta-voz da organização, Luis Mesina, denuncia como o sistema de capitalização da Seguridade Social implantado “em meados dos anos 1980, sob a tirania de Augusto Pinochet”, “condena 97% dos chilenos a aposentadorias miseráveis”, “sendo a expressão trágica de um sistema que nega direitos fundamentais, lançando idosos a cenários desesperadores”.
Durante um encontro com pessoas da terceira idade, o presidente da República, Nicolás Maduro, informou nesta terça-feira que a Venezuela atingiu a meta e 100% da terceira idade já recebe uma pensáo após aprovação de 275.110 novas pensões.
Muitos tem sido os protestos contra a Reforma da Previdência que o governo golpista está promovendo. Entre as principais medidas estão o rebaixamento do teto – nenhum aposentado receberá mais que dois salários mínimos – e o aumento considerável do tempo de contribuição necessário para se aposentar.
De acordo com as novas regras implementadas com a reforma trabalhista, haverá casos em que o trabalhador terá de pagar para trabalhar. Essa regra, que é extremamente boa para os empresários, define que o patrão deverá recolher 8% do que falta entre o valor recebido pelo empregado e o salário mínimo.
[Wallace Oliveira] A proposta da reforma da Previdência não atinge apenas quem quer se aposentar um dia, mas também pensionistas, aposentados e famílias que dependem de outras políticas da Seguridade.
Movimentos sociais e sindicais foram às ruas nesta quarta-feira (15), em todo Brasil, protestar contra a proposta de reforma da previdência apresentada pelo governo de Michel Temer (PMDB).
Vivemos um momento de graves ataques aos direitos da classe trabalhadora brasileira, os quais foram conquistados há décadas com muita luta e sacrifício. Como se não bastasse o congelamento de investimentos em áreas sociais para os próximos 20 anos, aprovado no final do ano passado, o governo golpista de Temer, dos banqueiros e dos patrões quer agora nos empurrar as Reformas da Previdência e Trabalhista. Estas medidas, se aprovadas pelo corrupto Congresso Nacional, vão acabar com a aposentadoria, com as férias e o 13º, vão aumentar a jornada de trabalho, congelar salários e ampliar a terceirização.
No Brasil atual, onde os golpistas de plantão dão as ordens, a mentira repetida muitas vezes tenta se tornar uma verdade absoluta. Nada mais esclarecedor desta afirmativa do que a discussão hoje travada sobre o “rombo da Previdência”, e a consequente mudanças nas regras da aposentadoria.
Considerado um dos mais elaborados sistemas de proteção social da América Latina, o Brasil está vendo desvanecer a sua previdência social – ligada ao Instituto Nacional de Seguridade Social – pela ação destruidora do regime golpista à serviço do imperialismo que, tal como fez na Grécia, Portugal e tantos outros países, desfere um brutal ataque ao conjunto da população trabalhadora, ao retirar direitos por meio de reformas trabalhistas, previdenciária, da educação, entre outras.
Como têm demonstrado exaustivamente os dados da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (ANFIP), da Auditoria Cidadã da Dívida, além de outras instituições e pesquisadores reconhecidos, o famigerado “rombo da Previdência” não passa de uma grotesca e repugnante farsa. Mesmo em tempos de crise, o sistema brasileiro de Seguridade Social continua arrecadando mais do que gastando. Em 2015, por exemplo, sobraram mais de 11 bilhões de reais. Portanto, mesmo deixando de lado o viés social da questão para encará-la de um ponto de vista puramente contábil, a cantilena contrarreformista não tem sustentação alguma na realidade.
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