Com os meios de comunicaçom burgueses em plena ofensiva propagandística de mentiras e cumplicidade com a açom repressiva do governo espanhol, fontes policiais anunciárom que 116 pessoas identificadas no passado sábado levarám fortes multas de diferente tipo.
O direito de expressom e manifestaçom de maneira pacífica será punido com o máximo rigor que a Lei Mordaça permite, por iniciativa da Subdelegaçom do Governo espanhol na província da Corunha. Serám 400 propostas de sançom administrativa, fórmula de repressom de baixa intensidade e máxima efetividade para retrair as pessoas antes de saírem à rua para se manifestarem livremente.
As “faltas administrativas” alegadas pola força policial som de três tipos (duas graves e umha leve), que podem atingir os 30 mil euros, consoante estabelece a mal chamada “Lei de Segurança Cidadá” espanhola.
Ataque direto ao direito de manifestaçom
O motivo? A participaçom numha manifestaçom pacífica em solidariedade com o coletivo social que desenvolvia atividade cultural num Centro Social Ocupado, o Escárnio e Maldizer, que foi violentamente despejado na capital da Galiza.
As sucessivas mobilizaçons solidárias, com centenas de pessoas nas ruas, fôrom atacadas por forças policiais, deixando várias feridas e detidas de modo arbitrário, o que indicaria vontade de estender o medo a se manifestar livremente.
É o caso do passado sábado, com 116 pessoas identificadas de maneira massiva, na esquadra policial, e que agora enfrentam fortes multas de caráter exemplarizante.
A escusa é a ocupaçom simbólica de um local abandonado, o antigo Colégio Peleteiro, no centro de Compostela, sem qualquer açom violenta nem destroço nas instalaçons, a nom ser a invasom por parte das forças policiais, deitando fumo no interior do prédio para provocar o despejo e causando ferimentos em numerosas pessoas por causa das porradas e outras agressons.
Também a sentada pacífica na calçada em frente ao antigo Colégio Peleteiro foi alvo de pancadas dos polícias, puxons de cabelo, beliscos, bofetadas, murros, empurrons e porradas, tanto de agentes fardados como de dúzias de polícias à paisana, igualmente violentos e filmados por diversas pessoas enquanto estendiam a violência nas ruas do centro de Compostela no passado sábado.
Nem as e os repórteres informativos fôrom poupados nas agressons policiais, tal como comprovárom as repórteres do Diário Liberdade, Novas da Galiza e Galiza Contrainfo, que participárom no acompanhamento direto da jornada repressiva.
Propaganda burguesa: Vítimas como carrascos e carrascos como vítimas
Depois da manifestaçom, agremiaçons policiais como o chamado “sindicato” Unificado de Polícias (SUP) pedírom multas “exemplarizantes”, acusando em falso de supostos “distúrbios” precisamente as pessoas que sofrêrom a violência policial na capital galega.
A cumplicidade unánime dos meios burgueses completou umha campanha de difamaçom que agora dá um passo em frente, com multas massivas a vizinhas e vizinhos participantes na manifestaçom e ameaças do Delegado do Governo espanhol de que, “visionando os vídeos, poderá haver novas detençons e medidas”, acrescentando a necessidade de defender a propriedade privada contra o movimento de ocupaçons que se estende pola Galiza e noutros países da Europa Ocidental.