O protesto se deu principalmente em frente à Alerj (Assembleia Legislativa do Estado), que teve a volta dos seus deputados ao trabalho.
A polícia reprimiu com balas de borracha e gás lacrimogêneo a manifestação, o que resultou em confusão. O revide veio com pedras e fogos de artifício e o confronto se espalhou pelas ruas do centro. Agências bancárias foram depredadas, assim como um ônibus. Outro veículo também foi queimado.
Os principais agentes da manifestação foram servidores públicos que são contra as medidas de austeridade do governo estadual.
Em um acordo com o governo federal, Pezão busca a privatização da companhia de saneamento básico (CEDAE), cortes de R$ 9 milhões nos serviços públicos, aumento do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e da contribuição previdenciária em 14% nos vencimentos do funcionalismo e uma alíquota extra de 8%.
Além disso, o governo estudal vem implementando o desmonte de universidades, como a UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) e outras instituições de ensino e pesquisa, além de hospitais públicos e tem deixado grande parte do funcionalismo com salários atrasados.
Segundo o historiador e cientista social Roberto Bitencourt da Silva, colunista do Diário Liberdade, os servidores e a população deverão pressionar o governo e os deputados nos dias da apreciação e votação do pacote e poderá ocorrer até mesmo uma greve geral do funcionalismo estadual.
“Esse malfadado pacote vai sair muito caro para os governos federal e estadual, em termos de credibilidade e estabilidade política e social”, escreve.