O Comandante da Revolução Cubana de 1959, a primeira experiência socialista em um país americano, Fidel Castro Ruz, foi homenageado após seu falecimento na última sexta-feira (25) por partidos comunistas e de esquerda em todo o mundo.
Lágrimas há de diversos tipos. Algumas, as mais correntes, são de tristeza. Outras resumem melancolia. Há outras que expressam a indignação e a impotência diante de uma ofensa que não pode ser respondida ou reparada. Mas há algumas que me retêm por momentos, que põem de manifesto um impulso criminoso que só por um árduo esforço de minha consciência consigo controlar a apaziguar.
Por teu testemunho de vida, de revolucionário, que foi construindo novos paradigmas de sociedade para o povo cubano e Nossa América. Tua voz ressoa no mundo.
Por Salim Lamrani | Tradução do Diário Liberdade
Personagem controverso no Ocidente, onde é fortemente criticado, em troca Fidel Castro é admirado pelos povos da América Latina e do Terceiro Mundo, que o consideram um símbolo da resistência à opressão e um defensor da aspiração dos países do Sul à sua independência, à soberania e à autodeterminação. Rebelde mítico que entrou em vida no Panteão dos grandes libertadores do continente americano, o antigo guerrilheiro da Sierra Maestra viu seu prestígio superar fronteiras continentais para se converter no arquétipo do anti-imperialismo do século XX e o vetor de uma mensagem universal de emancipação.
O grande revolucionário já não está fisicamente presente. O seu exemplo heróico não é pessoalmente repetível, mas a espantosa energia e determinação revolucionária que mobilizou – que construiu o primeiro Estado socialista no hemisfério ocidental, capaz de há quase seis décadas resistir à agressão imperialista – constitui um exemplo e um património inapagável para os trabalhadores e os povos de todo o mundo.
Fidel tornou-se sinônimo de Revolução, desde que as fotos daqueles barbudos tinham derrubado a ditadura do Batista, no já longínquo 1959. Mais ainda para nós, na America Latina, para quem a revolução era um fenômeno distante no tempo e no espaço – na Rússia, na China, com Lênin, com Mao. Foi Cuba quem colocou para nós e para tantas outra gerações, a revolução como uma atualidade, apontou que a revolução era possível, aqui mesmo, no nosso continente.
Compartilho uma primeira reflexão, feita às pressas, sobre a morte do Comandante. Fiquei sabendo de noite, no fechamento da programação da TV cubana e vi o discurso de Raúl. Não consegui fechar os olhos a noite inteira e saí correndo para o aeroporto para cancelar meu retorno, programado para hoje, sábado, ao meio-dia. Fico em Cuba até quarta-feira e na terça estarei na grande despedida que será feita a Fidel na Praça da Revolução. Aqui vão umas poucas ideias, soltas, saídas mais do coração do que do meu cérebro. Mas sinto que não posso guardá-las para mim mesmo. Até a vitória, sempre!
Neste domingo (27) serám celebrados atos na Galiza em homenagem à memória do Comandante da Revoluçom Cubana, Fidel Castro Ruz.
Tivemos o privilégio de nossa geração ter conhecido um homem que marcou a história da América Latina e do mundo. O estadista mais brilhante que a Pátria Grande pôde parir. O lutador incansável pela equidade, pela igualdade social e pela justiça. Tivemos a honra de ter conhecido a integridade em palavra e ação, de um homem que demonstrou com sua própria vida que a consciência, os ideais e os princípios nem se compram nem se vendem. Se defendem!
Por Eduardo Vasco
“Fontes bem informadas de Miami anunciavam a queda iminente de Fidel Castro, que ia despencar em questão de horas.”
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