Muito se fala sobre um suposto confronto no interior das Forças Armadas entre uma “esquerda” que mais precisamente poderia ser chamada de “legalista” e uma direita golpista. Os que defendem essa tese colocam o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, como um representante dessa ala “legalista” e o general Sérgio Etchgoyen como representante da ala direita.
Na noite de ontem, dia 15, o presidente golpista Michel Temer decidiu que o governo federal irá intervir no estado do Rio de Janeiro. Por isso, o secretário de Segurança do estado, Roberto Sá, foi afastado do cargo e em seu lugar foi nomeado o general Braga Netto para controlar toda a segurança até pelo menos o fim do ano.
Evidenciando a subserviência, cada vez maior, das Forças Armadas brasileiras ao imperialismo norte-americano, depois do golpe de Estado que derrubou a presidenta Dilma Rousseff, com o apoio dos militares, bem como o aprofundamento dos planos dos chefes militares de aplicarem um golpe dentro do golpe, com uma intervenção militar diante do fracasso do governo Temer, oficiais do Centro de Estudos Estratégicos do Exército Brasileiro (CEEEx) e do Strategic Studies Institute (SSI/USWAC), do Exército dos EUA, estiveram reunidos em Brasília, entre os dias 12 e 14 de dezembro passados, conforme informaram sites das áreas de segurança e apologistas do golpe militar.
Cada movimentação das Forças Armadas deve ser encarada como uma preparação para a intervenção militar, que é cada vez mais uma possibilidade dado o nível de crise do regime golpista. Os generais repetem que se houver “caos” eles irão intervir, como foi o caso do General Hamilton Mourão que defendeu a intervenção publicamente em duas ocasiões.
Após as recentes declarações do Alto Comando das Forças Armadas não só sobre a possibilidade, mas sobre a existência de um planejamento de golpe militar, apoiada pelo Comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, há, hoje, um clima de grande incerteza sobre o futuro político do País.
Sergio Magalhães foi deputado federal por três mandatos consecutivos (1955-1964) pelo PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) do Rio de Janeiro, então um partido progressista e nacionalista, integrado por figuras como João Goulart e Leonel Brizola.
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