Todo o processo que resultou na prisão do ex-presidente Lula revelou algo que até passava mais despercebido: a completa desumanidade do sistema penal brasileiro.
[Antônio Carlos Silva*] Participei nesta quinta (dia 18), no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, representando o Partido da Causa Operária (PCO), do ato que reuniu outros seis partidos que se reivindicam da esquerda – o PT, PCdoB, PSB, PSOL, PCB e PDT — no qual se debateu o agravamento da crise política do regime golpista com a prisão do ex-presidente Lula, com a apresentação de um Manifesto, elaborado e assinado por essas seis agremiações em defesa da Democracia, Soberania e Direitos do Povo Brasileiro.
Em declarações ao site uruguaio Montevideo Portal, neste domingo (8), o dirigente do Movimento de Participação Popular (MPP), Julio Marenales, afirmou que a prisão do ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva está ligada a atividades da Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA) para derrotar os governos e partidos de esquerda na América Latina.
[Raúl Zibechi, Tradução do Diário Liberdade] A votação dos onze ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), na noite de quarta-feira (4) [e a prisão decretada, com a consequente consumação neste sábado (7), NT], supõe o fim da carreira política de Luiz Inácio Lula da Silva, tal como desejavam os militares, os grandes empresários, o governo dos EUA e um setor importante da sociedade brasileira.
[El Clarín, Chile] Num discurso feito em julho deste ano, no qual felicitava a si mesmo, o subprocurador geral estadunidense Kenneth A. Blanco, que dirigia a Divisão Penal do Departamento de Justiça (porque logo o Secretário do Tesouro, Steve Mnuchin, o escolheu para encabeçar a Direção de Investigação sobre Delitos Financeiros), se referiu ao veredito condenatório ditado contra o ex-presidente do Brasil, Lula da Silva, como o principal exemplo dos “resultados extraordinários” alcançados graças à colaboração do Departamento de Justiça (DOJ, por sua sigla em inglês) com os promotores brasileiros na operação “anti corrupção” chamada Lava Jato.
[Flávio Lima*] No intervalo de 18 meses - período que o governo Michel Temer está no poder -, o Brasil vem passando por um processo de reorientação das políticas sociais e distributivas. Ao assumir de forma interina a Presidência da República, diz o geógrafo Ronnie Aldrin Silva, seu governo altera os padrões das políticas universalistas que vinham sendo implementadas desde a promulgação da Constituição de 1988.
Essa é a maior dificuldade no momento atual em que a maior parte da esquerda tem a ideia de que a situação será mudada por meio das eleições, como se fosse um milagre. A eleição reflete de maneira bastante deformada uma determinada relação de forças. Aquele que não tem forças fora das eleições, também não as têm nas eleições.
Os comitês de luta contra o golpe e pela anulação do impeachment são organizações fundamentais para levar a luta contra o golpe de Estado adiante. Os comitês constituem-se como centros de discussão política e sobretudo de atividade prática; de agitação e propaganda, de permanente campanha contra o golpe e os golpistas.
Passados alguns anos do início do golpe, até hoje, e com o aumento diário da crise, que pode levar a um novo golpe militar, apontamos uma cronologia resumida do golpe para uma visão em perspectiva dos acontecimentos.
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