Media um metro e meio. Era intolerante à lactose. Tinha umha cicatriz na cabeça, padecia artrose e sofria dor de dentes molares. Um dia de há 9.300 anos caminhava por um carreiro de montanha, perto de Pedrafita do Cebreiro, e caiu acidentalmente num grande buraco, junto com os três exemplares de uro -um gigante bovino já extinto- que compunham o seu rebanho. Agora, 93 séculos mais tarde, esta pastora tem nome: Elba, umha homenagem à palavra numha língua celta que significa “a que vem dos montes”. E quem a “batizou” fórom cientistas do Instituto de Geologia Isidro Parga Pondal, junto a prestigiosos genetistas galegos que acabárom de documentar a vida da mulher até agora desconhecida.
Os restos de Elba fôrom encontrados na chamada Cova do Uro. Primeiro o cránio, em 1996, e depois os outros restos. Agora, a revista Cadernos do Laboratório Geológico da Laxe, do Instituto Parga Pondal, publica umha exaustiva investigaçom, que oferece todos os dados sobre esta mulher do Mesolítico.
Sabe-se que Elba morreu entre os 20 e os 40 anos, e que tinha cabelo e olhos escuros. Também, num informe antropológico forense, os investigadores pudérom reconstruir o aspeto que podia ter esta pastora. E nom só figérom um debuxo aproximado, como também umha projeção em três dimensons, como vemos na imagem anexa.
Graças à investigaçom do Instituto Parga Pondal, Elba converte-se na primeira mulher do Mesolítico estudada geneticamente na península Ibérica. E graças a esta revolucionária investigaçom, podemos conhecer a sua vida há nove milénios.