Depois de pauladas, pedradas, chicotadas, covardes agressões a mulheres e idosos, sem terras e outros trabalhadores indefesos, os ataques dos bandos fascistas da direita contra a caravana do ex-presidente Lula no Sul do País, foram feitos com armas de fogo, na última terça no Paraná. Por pouco não há vítimas fatais.
A caravana de Lula pelos Estados do Sul do País, como é de conhecimento público, vem sofrendo diversos ataques da direita fascista. Identifica-se aí uma mobilização das forças mais reacionárias e retrógadas do Brasil com o objetivo único de intimidar violentamente a maior liderança da esquerda mundial, ou seja, o ex-presidente Lula.
A agressão ao padre Idalino Alflen (foto acima), presente no evento que recepcionaria Lula, em Foz do Iguaçu (PR), quando avistou pessoas atirando pedras contra a militância, abriu os braços em sinal de protesto e foi agredido por um fascista covarde que partiu para cima dele com uma moto e o agrediu no rosto, quebrando seu nariz, somou-se a uma série de agressões organizadas pela direita durante a caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelos estados da região Sul, na última semana.
As agressões contra os participantes da caravana de Lula pelo Sul do País trouxeram novamente à tona a necessidade de combater a extrema-direita. Essa necessidade tem se colocado desde o início do golpe de Estado, quando os coxinhas começaram a sair nas ruas pedindo o impeachment, fazendo propaganda da ditadura militar e agredindo gratuitamente tudo o que passava por ali que tivesse qualquer menção à cor vermelha.
O governo golpista vem cumprindo fielmente a agenda e o programa exigido pelos financiadores do golpe de Estado de 2016. Os capitalistas, que há muito vêm seus lucros despencarem como resultado da crise mundial e histórica do moribundo capitalismo, não têm limites para levar adiante a sua política de espoliação, selvageria e expropriação dos ativos nacionais.
Muito se fala sobre um suposto confronto no interior das Forças Armadas entre uma “esquerda” que mais precisamente poderia ser chamada de “legalista” e uma direita golpista. Os que defendem essa tese colocam o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, como um representante dessa ala “legalista” e o general Sérgio Etchgoyen como representante da ala direita.
A condenação do ex-presidente Lula pelo TRF-4, em 24 de janeiro de 2018, realizada sem provas ou mesmo bases jurídicas consistentes, é mais um elo na série de criminalizações políticas realizadas pelo Judiciário brasileiro e direcionadas principalmente contra a esquerda, o movimento sindical e os movimentos sociais. Uma direita incapaz de legitimar seu programa neoliberal nas urnas, devido ao seu caráter totalmente alheio aos anseios da população, mesmo com todos os recursos da grande mídia a seu favor, procura impor seus representantes nos principais cargos públicos, tentando inviabilizar judicialmente seus adversários, mesmo aqueles que, como Lula, há muito aceitaram o essencial do programa que interessa aos grandes empresários e fizeram da conciliação de classe o seu estilo político.
Desde o último dia 16, as Forças Armadas estão autorizadas, por meio de um decreto presidencial, a controlar diretamente a Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, que é o segundo Estado mais importante do Brasil. Ao controlar a Segurança Pública, que engloba a Polícia Civil, a Polícia Militar e os bombeiros, as Forças Armadas detêm, desde então, o controle de todo o aparelho de repressão do Rio de Janeiro – e, consequentemente, podem determinar tudo o que deve ou não acontecer no Estado.
[José Negrón Valera*, Tradução do Diário Liberdade] Os altos escalões militars e políticos do país têm denunciado em inúmeras oportunidades que, desde a chegada de Nicolás Maduro ao poder, um tipo de guerra não convencional se intensificou com o objetivo de derrocar o governo bolivariano.
Com o golpe avançando dia após dia, e a condenação de Lula confirmada, está cada vez mais claro que o objetivo da burguesia é prender não só Lula, mas quantas lideranças de esquerda for possível, para possibilitar a aplicação sem barreiras de um programa neoliberal que jogará a população em uma miséria nunca antes vista no Brasil.
Quem somos | Info legal | Publicidade | Copyleft © 2010 Diário Liberdade.
Contacto: diarioliberdade [arroba] gmail.com | Telf: (+34) 717714759