Frente Feminista Contra o Assédio na UFG manifesta total repúdio
A demanda, promovida por AGAMME (Asociación Galega contra o Maltrato a Menores), a Rede de Mulleres Veciñais contra os Malos Tratos de Vigoe o Grupo de Investigación Antígona da Universidade Autónoma de Barcelona, denuncia unha praxe xudicial asentada que non se axusta aos estándares europeos de atención a vítimas de especial protección, como son as de violencia de xénero e de maltrato infantil e, facendo mención aparte, as vítimas de violencia sexual menores de idade.
[Ilka Oliva Corado] A violência de gênero é algo aprendido, portanto, pode ser mudada. Com certeza temos a capacidade para eliminar o patriarcado, o machismo, a misoginia e a indiferença. A pergunta é: quando o faremos?
[Lúcia Gomes] A fotografia é de Sandra Hoyn. A rapariga na fotografia chama-se Kajol. Acha que terá 17 anos mas não sabe a sua idade exacta. Esteve casada durante 9 anos. A sua tia vendeu-a ao bordel de Kandara. Tem um filho com seis meses, Mehedi.
[Inês Castilho] A cada 11 minutos uma mulher ou menina é violada nalgum lugar do Brasil, por um ou mais homens. Numa cidadezinha do Piauí ou na maior metrópole do país.
A cada 11 minutos uma mulher ou menina é violada nalgum lugar do Brasil, por um ou mais homens. Numa cidadezinha do Piauí ou na maior metrópole do país. Em casa ou na rua. Com saia curta, calça comprida ou roupa de mãe de santo. Uma ínfima parte desses crimes chega ao nosso conhecimento, como revela pesquisa do Ipea.
[Rafael Silva] Depois de o Brasil ter se sensibilizado coletivamente com a jovem carioca de 16 anos estuprada por 30, 33 ou 36 homens em uma favela do Rio de Janeiro, e se apavorado com as centenas de comentários misóginos pró-estupro que pipocaram nas redes sociais –espécie de sobre estupro contra as mulheres em geral-, relatos de alguns dos envolvidos no estupro coletivo e de amigos da vítima põe em cheque a veracidade do fato. Não que o estupro em si mesmo deva ser relativizado, barbárie machista e extrema que é e sempre será. Porém, a sensibilização imediata e massiva da sociedade brasileira ao estupro que pode nem ter ocorrido revela uma ferida machista viva e exposta em torno desse assunto que, ao menor toque, dói muito, e coletivamente.
[Rafael Silva] Lugar de mulher é na política? A resposta a essa pergunta é desafiadoramente afirmativa na contemporaneidade. Entretanto, ao longo da história, a coisa foi bem diferente. Desde o seu surgimento, na Grécia antiga, a política sempre foi coisa de homem. E se hoje a política não mais é exclusividade masculina, temos aí a prova material de que as mulheres tem plena capacidade para revolucionar a realidade. Não à toa, atualmente, metade do governo do Canadá é composto por mulheres. Sem se intimidar com o peso fálico do passado, o primeiro ministro canadense, Justin Trudeau, tem orgulho em dizer que no seu país é assim “porque estamos no século XXI”.
[Rafael Silva] Uma menina brasileira de 16 anos foi à casa do namorado que havia conhecido na escola fazia três anos. Era sábado. Ela lembra de estar à sós com o garoto e de, de repente, acordar nua e dopada, em uma outra casa, com 33 homens armados que, não satisfeitos em terem-na estuprado coletivamente, ainda por cima a fotografavam e filmavam para então postarem esses “troféus” imagéticos perversíssimos nas redes sociais. Já era domingo. Porém, somente na terça-feira a garota voltou para casa, descalça, descabelada e com uma roupa masculina toda rasgada, sem dizer nada aos seus pais, tamanha a vergonha que sentia.
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