Essa entrevista com Marta Harnecker foi feita pelo jornalista Tassos Tsakiroglou para a revista grega Efimerida ton Syntakton. Apareceu no país no dia em que foi inaugurada a Conferência Internacional "150 anos de publicação de O Capital, de Marx: Reflexões para o século 21", da qual Marta era convidada. O evento realizou-se em Atenas, de 14 a 15 de janeiro de 2017 e foi organizado pela revista de teoria marxista Theseis em colaboração com a fundação Rosa Luxemburg. Links publicou a versão original em ing. e rebelion.org está publicando uma versão em espanhol, com pequenas correções feitas pela entrevistada. Os recentes resultados eleitorais no Equador, que deram a vitória a Lenín Moreno, candidato de Alianza PAIS, por margem muito pequena dão grande atualidade à pergunta que a entrevistada propõe: Por que, se nosso projeto visa a favorecer a imensa maioria, essa disposição não se traduz em expressivo apoio social e eleitoral?"
[Roberto Bitencourt da Silva] Os números apresentados pela CNT/MDA, a respeito das intenções de voto para presidente da República, oferecem algumas informações que podem ser consideradas alvissareiras. Contudo, especialmente o perfil do acolhimento desses números – nas redes sociais, no jornalismo dos conglomerados e mesmo alternativo – requer maior prudência e reflexão. Senão, vejamos.
[Afonso Costa] Algumas correntes políticas, inclusive a ex-presidente Dilma Rousseff, defendem eleições diretas já em face da crise política, econômica, social, moral e ética que o país vive. Entendem que seria a única alternativa viável para superá-la, ainda mais tendo um forte candidato, o ex-presidente Lula.
[Lauren Céspedes Hernández] Em função de continuar potencializando esse clima de troca entre o povo e seus representantes, iniciou-se recentemente em todo o país o terceiro processo de prestação de contas do delegado (vereador) aos seus eleitores
Por Edmilson Costa*
Os mais de 144 milhões de eleitores foram às urnas nos dois turnos no Brasil para eleger prefeitos e vereadores de 5.568 municípios. País de dimensões continentais, com 8,5 milhões de K2 e mais de 200 milhões de habitantes, com enorme diversidade em termos econômicos, sociais e regionais, as eleições municipais representam um momento importante da luta política no País e um termômetro para se avaliar o estado de ânimo da população em relação à política tradicional, muito embora essas eleições, por suas especificidades locais e pela conjuntura de crise, não tenham refletido exatamente a realidade da luta de classes no País. Isso porque essas eleições ocorreram logo após as olimpíadas, ao processo de impeachment da presidenta Dilma Roussef, às denúncias seletivas da Operação Lava a Jato, à avassaladora campanha midiática de demonização do PT e de seus dirigentes, além da assimetria econômica e midiática entre as candidaturas.
Tradução de Raphael Sanz
Não há muito mais por analisar nos resultados das votações. Não nos deve surpreender que tenha ganho Trump, já que ele é reflexo do que somos como humanidade: patriarcal, misógino, machista, homofóbico, xenófobo, racista, sexista e fascista. Isso explica porque bateu em Hillary Clinton nestas eleições. Com isto não quero dizer que ela é um docinho de coco, nem que eu a esteja defendendo. Os Estados Unidos não estão preparados para uma ter uma mulher presidenta, afim ao capital mas mulher e caucasiana. O que dizer de uma mulher negra que defenda os princípios de Martin Luther King, Rosa Parks e Malcolm X?
[Zhong Sheng] "A desigualdade sempre crescente e a produtividade sempre em queda tornaram intolerante a democracia, e ilegítimo, o capitalismo."
[Pepe Escobar] Virtualmente todo o planeta prende a respiração coletiva, ante a possibilidade de Hillary Clinton vir a ser a próxima presidenta dos EUA [ing. POTUS].
[Pepe Escobar, tradução do Coletivo Vila Vudu] "Por pior que seja, quem toma decisões está acima do presidente. Essa gente pode ter resolvido que é a vez de Trump. Nada disso acontece por acidente."
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