Em reação aos informes da mídia, a funcionária do governo – militante do partido democrata-cristão – lamentou que o corporativismo no exército dificulte o esclarecimento do escândalo.
Estes comentários provocaram – por sua vez – a crítica e a rejeição de militares, que vêem a responsabilidade exclusivamente no ministério.
Os fatos vieram à tona quando o oficial do exército Frank A. (a imprensa omite seu sobrenome) foi detido por suspeita de planejar um atentado terrorista fingindo ser um refugiado.
Conforme informações da rede RND, de investigação jornalística, o Ministério de Defesa considera verdadeira a existência de um grupo neonazista no exército alemão, com pelo menos cinco membros conhecidos.
As primeiras investigações no quartel mostraram que o oficial detido não era o único militar com posições da extrema direita, informou a RND.
No quartel foram encontradas suásticas, imagens de soldados nazistas e objetos da Wehrmacht, o exército hitlerista.
Um detalhe que chama a atenção é o fato de que Franco A. pertenceu ao Estado Maior do Batalhão 291 do exército alemão, que faz parte de uma brigada germano-francesa.
Membros de seu batalhão participaram, também na manobra 'Persistent Peace' (Paz Duradoura) da Otan, que se realizou em meados de 2016 na Lituânia.
O caso demonstra uma vez mais o problema que tem o exército alemão com a ideologia neonazista.
Desde 2012 foram registrados diversos casos de infiltrações neonazistas, entre eles delitos de propaganda, insultos racistas, demonstrações de saudação hitlerista, envio de fotos com motivos nazistas e casos de instigação da população nas redes sociais.
Apesar das provas, o exército demitiu apenas 18 soldados por estas insubordinações.