Iniciada esta quarta-feira, a ofensiva aérea e terrestre da Turquia no Norte da Síria provocou dezena e meia de mortos civis e grande destruição ao nível das infra-estruturas.
[Elijah J. Magnier, Tradução da Vila Vudu] Muito ceticismo cerca o destino da cidade de Idlib depois do acordo firmado entre os dois presidentes, Vladimir Putin e Recep Tayyip Erdogan, que levou à suspensão da operação militar longamente esperada contra os jihadistas e seus aliados. Só uns poucos detalhes do acordo foram revelados, mas o suficiente para lançar dúvidas sobre se é plenamente válido e sustentável. Mesmo assim, há otimismo generalizado no lado russo, iraniano e turco – e os jihadistas em Idlib e arredores já não veem uma confrontação como inevitável. A diferença chave agora, depois do acordo Putin-Erdogan, é que a Turquia não mais estará presente para defender jihadistas, nem Erdogan agitará o caldeirão europeu, com ameaças de um “êxodo de milhões” (para o velho continente), alavanca para impedir a batalha de Idlib.
[Pepe Escobar, Tradução da Vila Vudu] A cena solo de Trump nunca vencerá os presidentes hard rock do oriente elétrico
Secretaria de Relações Internacionais do PCB: Todo o repúdio à condenação do Secretário Geral Kemal Okuyan!
O partido do presidente turco conseguiu impor a semana passada no parlamento as alterações constitucionais que instauram um regime presidencial «musculado».
A falida tentativa de golpe militar de 15 de julho na Turquia, orquestrada pelo autoproclamado “Movimento Gülen” – organização islâmica pró-EUA que compartilhou o poder com o AKP por 10 anos – foi chamada de “presente de Deus” pelo presidente turco Tayyip Erdogan.
Mais de 50 pessoas morreram e 73 ficaram feridas na noite de sábado, numa explosão que ocorreu no final de uma festa de casamento de curdos no sul da Turquia, em Gaziantep. Regundo a Reuters, um dos noivos, que ficou ferido, era militante do partido pró-curdo HDP.
Sila Gencoglu é uma das cantoras pop mais populares da Turquia e os seus concertos atraem milhares de jovens em cada verão. Perguntaram a Sila, quando foi convocado o comício em Istambul contra o golpe de Estado e a favor da democracia, se tinha intenção de ir. A estrela do pop turco disse que, sem dúvida, estava contra o golpe de Estado, mas que preferia “ficar à margem de semelhante show”. Em poucas horas, começou a receber um monte de insultos nas redes sociais e quase de forma imediata foram cancelados concertos seus programados para Ancara, Kayseri, Bursa, Istambul…
As informações mais recentes relativas aos acontecimentos na Turquia e à tentativa de golpe referem uma agudização das contradições internas inter-burguesas e divergências entre os diferentes centros de poder no país que estão interligadas com os antagonismos mais gerais na região alargada da Síria, do Médio Oriente e do Mediterrânio Oriental através da intervenção directa e do confronto entre poderosos estados capitalistas.
[Pepe Escobar] Deus aparentemente utiliza o Face Time. Foi através daquele vídeo icónico do iPhone, a partir de uma localização desconhecida e mostrado na CNN turca por uma apresentadora estupefacta, que Erdogan conseguiu apelar à sua legião de seguidores para que tomassem as ruas, desencadeassem o Poder Popular e derrotassem a facção militar que havia capturado a TV estatal e proclamado estar no comando.
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