[Ilka Oliva Corado, Tradução de Raphael Sanz] Soa o alarme do despertador, são cinco horas da manhã em ponto do dia vinte e sete de outubro do ano dois mil e três. Devo sair dos tíbios lençóis e pegar água gelada do regador: a diáspora aguarda por mim e não devo fazê-la esperar. Não dormi nem um tostão, a noite se foi como uma vela com sopro, contando os segundos, escutando o vento frio soprar entre as fendas da janela do quarto, dei mais de cem voltas no mesmo pedaço de piso, estirando e encolhendo a dor, tratando de enganar-me fingindo que não me dói partir. Escondendo o medo do desconhecido, tratando de guardar em minha memória cada fotografia pendurada em quadros sobre as paredes da sala. Os livros que com sacrifício comprei, o caminho que conduz até Ciudad Peronia, as varinhas do São José do jardim, minha caneca favorita, os entardeceres cor de fogo de outubro, o craveiro vermelho florescendo na da pequena Juana.
O Diário Liberdade publica, a partir de hoje (05), capítulo por capítulo do livro "História de uma indocumentada: A travessia do deserto de Sonora-Arizona", da escritora e poetisa guatemalteca Ilka Oliva Corado, traduzido ao português por Raphael Sanz. Esta primeira peça traz o prefácio e o prólogo do livro.
Saem de suas casas: em aldeias, povoados, rincões, fazendas, arrabaldes... sem rumo fixo, como folhas secas arrastadas pelo vento, mortas em vida, caluniadas, golpeadas, abusadas, rechaçadas e estigmatizadas.
O Partido Trabalhista, principal força opositora no Reino Unido, “não se opõe ao princípio” de limitar a livre circulação de trabalhadores dentro da União Europeia (UE). Assim, seu controvertido líder,
[ Tradução de Raphael Sanz] Em sua visita a Cuba, Obama teve o descaro de dizer para Raúl Castro, em sua própria casa, que a diáspora cubana sofria o mal da saudade. Com isto tentou culpar a Revolução Cubana pela migração e não mencionou a Lei de Ajuste Cubano com a qual os Estados Unidos dá seus golpes baixos em Cuba para tentar fazer sumir toda a beleza daquele poema revolucionário
Por Eduardo Vasco
Um angolano filho de portugueses que foi para o Brasil por se recusar a lutar contra seu povo em nome de um ideal patriótico que não era o seu, e cujos amigos eram os negros oprimidos pelo colonialismo.
Mais de 280 crianças órfãs de emigrantes moçambicanos na África do Sul desconhecem o paradeiro dos seus familiares mais próximos e não têm documentos de identidade para regressarem a Moçambique.
De acordo com a OIM, organização das Nações Unidas, 3.500 pessoas morreram quando tentavam atravessar o Mediterrâneo em 2014, 3.771 morreram nas mesmas circunstâncias em 2015 e este ano já perderam a vida 2.814.
Cidadãos da África Ocidental e da Ásia em Angola constituem a maioria da comunidade de imigrantes em Angola, que reclama por um tratamento melhor das autoridades.
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