O Brasil vive atualmente uma crise completa, a mais grave desde os momentos finais da ditadura e o início do processo de democratização em meados dos anos 80. Trata-se de um processo no qual converge um conjunto de vetores que confluem contraditoriamente retroalimentando-se e, ao mesmo tempo, repelindo-se mutuamente, pois todos os agentes que influenciam essas variáveis buscam encontrar saídas para os problemas colocados pela conjuntura, mas até agora, apesar da brutal ofensiva do capital, ainda não se verificou um desfecho definitivo da crise. Isso se explica em função da diversidade de projetos das várias frações burguesas sobre os rumos da conjuntura aberta com o impeachment da presidente Dilma, da impopularidade do governo golpista, quanto da resistência da população e, especialmente, diante do temor de setores da burguesia de um levante social provocado pela dramática conjuntura da qual não têm controle pleno.
[Flávio Lima*] No intervalo de 18 meses - período que o governo Michel Temer está no poder -, o Brasil vem passando por um processo de reorientação das políticas sociais e distributivas. Ao assumir de forma interina a Presidência da República, diz o geógrafo Ronnie Aldrin Silva, seu governo altera os padrões das políticas universalistas que vinham sendo implementadas desde a promulgação da Constituição de 1988.
Há três coisas na vida que nunca voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida. Sabedoria popular chinesa
[Ricardo Bevilacqua] Tamanha é a desconfiança do futuro que, os projetos são feitos só para o passado. Apesar do cenário não ser algo definitivo, o Brasil não tem uma saída institucional, a não ser uma Revolução.
Passados alguns anos do início do golpe, até hoje, e com o aumento diário da crise, que pode levar a um novo golpe militar, apontamos uma cronologia resumida do golpe para uma visão em perspectiva dos acontecimentos.
[Ivonaldo Leite*] A longa crise política brasileira tem proporcionado oportunidades para se analisar e tirar ilações dos mais diversos aspectos políticos, econômicos e sociais. Do caráter oligárquico do capitalismo brasileiro aos equívocos do PT, do atraso mental do establishment nacional às asneiras repisadas com ar de sapiência por parvos, da indigência teórica de determinados “intelectuais” à falta de projetos da esquerda, da manipulação da grande imprensa à politização do judiciário, de tolices à ascensão de manifestações fascistas, da pequena e da grande corrupção à desfaçatez dos corruptos. De tudo vai-se tendo um pouco.
Para o Sindicato dos Trabalhadores Energéticos do Estado de São Paulo (Sinergia), a privatização da Eletrobras anunciada nesta segunda-feira (22) pelo governo de Michel Temer deve causar perdas de qualidade na operação do sistema e aumento das tarifas para a população. Em Brasília, parlamentares também se manifestaram contra a medida.
[Mauro Luis Iasi] "Os representantes e os representados, enfrentam-se com hostilidade e não mais se compreendem". Karl Marx, O 18 de brumário de Luís Bonaparte.
Instigante artigo escrito por Bia Barbosa e Camila Nóbrega, publicado em Carta Capital (1), descreve as divisões existentes entre os conglomerados de comunicação, a respeito do golpista Michel Temer (PMDB). Mapeia as diferenças entre as linhas editoriais das Organizações Globo em face da Band e do Estadão. Ademais, suscita uma importante indagação: o que a Globo quer?
[Jorge Nogueira] Com a colaboração de forças políticas que se apresentam como distintas e que tentam polarizar a política brasileira o acordão para “salvar todo mundo”, proposto por Sérgio Machado (PMDB), ganhava a sua primeira batalha. E depois dela parece ter deslanchado.
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