[Jorge Nogueira] Michel Temer se transformou em uma espécie de criança feia que ninguém quer embalar. É comum o jogo de empurra-empurra entre os diferentes campos políticos que buscam polarizar a sociedade brasileira sobre de quem é a responsabilidade por ele estar na Presidência da República.
[Mário Maéstri] O restabelecimento da ordem capitalista na URSS e nos Estados do Leste Europeu constitui drama de proporções históricas. A produção capitalista recuperou espaços sócio-geográficos conquistados pela revolução desde 1917.
Prossegue a ofensiva golpista, vitoriosa em 2016, com a deposição de Dilma Rousseff.
[Ítalo Gimenes] Após Pedro Parente anunciar o maior plano de privatização da Petrobrás desde a fundação da Nova República, alvejando 4 refinarias e uma dezena de terminais, parte dos recursos naturais e estratégico do país, listamos tudo o que ele junto a Temer entregaram ou tentaram privatizar da empresa.
[João Pedro Moraleida] Pasolini num texto chamado "Os jovens infelizes" faz uma série de colocações e questionamentos sobre o que denominava de "novo fascismo" da sociedade italiana na dec. de 70. Identificava esse movimento como um não exterminío do fascismo passado; junto a uma política clériga; a consolidação da sociedade de consumo de massa e, as responsabilidades dos pais e filhos - históricos - na colaboração continuada do fascismo, por não o terem eliminado de vez; por ainda afirmarem que a única história possível é a história burguesa; pela massificação das histórias e das lutas dos trabalhadores e pobres italianos. Tudo isso, de acordo com P.P., corroborado pela classe intelectual e culta, os pais, que agora assistem a condenação de seus filhos e de si mesmos com a emergência desse "novo fascismo". Nesse texto de 1975, alguns trechos podem nos servir como plataforma estratégica, não somente de ação, mas talvez uma estratégia de pensamento e reflexão política.
O governo golpista vem cumprindo fielmente a agenda e o programa exigido pelos financiadores do golpe de Estado de 2016. Os capitalistas, que há muito vêm seus lucros despencarem como resultado da crise mundial e histórica do moribundo capitalismo, não têm limites para levar adiante a sua política de espoliação, selvageria e expropriação dos ativos nacionais.
Em dias, o golpismo deu salto de qualidade.
Muito se fala sobre um suposto confronto no interior das Forças Armadas entre uma “esquerda” que mais precisamente poderia ser chamada de “legalista” e uma direita golpista. Os que defendem essa tese colocam o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, como um representante dessa ala “legalista” e o general Sérgio Etchgoyen como representante da ala direita.
Em tempos de golpe de Estado fica difícil exigir, dos que tomaram o poder, qualquer mínima obediência a leis, por mais simples que sejam. Vale para a política, em que os golpistas colocam em marcha todo o tipo de ilegalidade e arbitrariedade para passar por cima dos seus inimigos políticos, e vale também para a economia, que é violada sem maiores cerimônias quando se trata de atacar as condições de vida do povo.
Cada movimentação das Forças Armadas deve ser encarada como uma preparação para a intervenção militar, que é cada vez mais uma possibilidade dado o nível de crise do regime golpista. Os generais repetem que se houver “caos” eles irão intervir, como foi o caso do General Hamilton Mourão que defendeu a intervenção publicamente em duas ocasiões.
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