[Elaine Tavares] Porto Rico é um dos poucos estados no território latino-americano que segue sendo uma colônia. É chamado de Estado Autônomo dos Estados Unidos, mas, na realidade, não goza dos mesmos direitos que qualquer outro estado do país. Essa semana, o governador da ilha, Ricardo Resseló, declarou Porto Rico em bacarrota por conta de sua dívida pública, ou seja, a dívida está impagável. Imediatamente, os Estados Unidos decidiram intervir e já começam a se desenrolar várias lutas dentro do estado.
Uma captura é uma forma de violência. Uma dívida baseada na violência é ilegítima, mesmo que aceite pelas classes políticas, onde coabitam corruptos e distraídos. Só quanto a produtos derivados criados pelo sistema financeiro cabe a cada ser humano $ 125000; e, mesmo se se contentassem com juros na ordem dos 3%, cada ser humano, em média teria de contribuir, por ano com $ 3750 para a engorda do capital financeiro.
A dívida imputada pelo sistema financeiro e pela classe política não é nossa. É ilegítima porque dela nada resulta a favor do povo e aceitá-la é legalizar o roubo do nosso futuro.
O governo moçambicano pretende reduzir os gastos em bens e serviços na ordem de 40 por cento em resposta à grave crise financeira, indica o plano de austeridade que será apresentadopróxima semana ao parlamento.
Por Leonardo Pericles
Maria Lúcia Fattorelli é auditora aposentada da Receita Federal e fundadora do movimento “Auditoria Cidadã da Dívida” no Brasil. Escreveu centenas de artigos sobre a necessidade de auditoria da dívida no Brasil e também em demais países dependentes. Tamanha sua competência e dedicação ao tema, foi convidada por governos de outros países para auditar dívidas, como no caso do Equador (2009), que teve 70% de sua dívida anulada, e da Grécia (2015), onde comprovou que o que realmente quebrou o país foi a ação dos bancos e organismos internacionais como o Fundo Monetário Internacional (FMI). Nesta entrevista exclusiva para A Verdade, Maria Lúcia Fattorelli revela que a política de aumento de juros pelo Banco Central segue orientações do FMI e que somente mudando o rumo da política econômica será possível garantir vida digna para todas as pessoas”.
A dívida pública de Moçambique vem aumentando ao longo dos últimos anos. Em 2012, era de 42% do PIB, e em 2015, segundo um documento do Ministério das Finanças vazado pela agência Lusa, chegou a incríveis 73,4% do produto interno bruto nacional.
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