[Elaine Tavares] Uma coisa precisa ficar muito clara. No modo capitalista de produção não há espaço para o direito à comunicação das gentes. Desde que se consolidou, esse sistema busca, na comunicação massificada, apenas uma forma de manipular as informações e formar consciências mansas para a dominação e capazes de consumir as mercadorias desnecessárias que o sistema produz. Lá nos albores do capitalismo o escritor francês Honoré de Balzac, no seu livro Ilusões Perdidas, descreveu muito bem o papel da imprensa, como um espaço de mentiras e de destruição, não apenas da informação em si, mas do próprio jornalista. Naqueles dias, era o jornal o veículo que cumpria a função de informar e, ainda que a alfabetização fosse coisa para poucos, as notícias se multiplicavam e tomavam as ruas. O que saía no jornal era tomado como verdade.
O Facebook parece estar passando por uma crise séria.
Que o mundo digital e as suas facilidades estão à disposição de muitos com poucos cliques ou simplesmente a um toque em uma tela, o brasileiro já sabe. Do que ainda não estamos plenamente informados é que das mesmas facilidades para o uso da conexão também surgem os aproveitadores, ditos “especialistas” que fazem uso do instrumento democrático como é a internet para fazer repercutir comentários e informações sem credibilidade, mas que acabam se apresentando como reais.
[Rafael Silva; Laboratório Filosófico] Mark Zuckerberg, fundador & dono do Facebook, nesta quinta-feira 16 de fevereiro publicou um Manifesto em Defesa da Globalização. Espécie de “Ponte para o Futuro” para a próxima década de sua rede social, que, entretanto, assim como a golpista tupiniquim, mais mente levar-nos do presente a um futuro melhor do que de fato tem intenção e capacidade para tal. Assim como os nossos políticos corruptos fingem “representar” os interesses do povo enquanto tratam apenas de seus interesses privados, assim também Zuckerberg mente que “na última década o Facebook esteve focado em conectar amigos e famílias”, mas, como qualquer usuário do Facebook “sente na timeline”, a conexão principal vem sendo com empresas privadas e conglomerados midiáticos.
No mes de xaneiro do 2016 constitúese APRODIGA (Asociación pola Promoción e Dignificación do Galego).
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