O resultado do julgamento do habeas corpus de Lula nessa quarta-feira no STF mostrou mais uma vez que não é possível apostar que as instituições, dominadas pelos golpistas, irão resolver o problema do golpe. Muitos se iludiram de que Lula ganharia o habeas corpus para não ser preso, acreditando que os ministros do STF iriam contrariar toda a tendência geral golpista que é justamente a prisão de Lula.
Desde o último dia 16, as Forças Armadas estão autorizadas, por meio de um decreto presidencial, a controlar diretamente a Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, que é o segundo Estado mais importante do Brasil. Ao controlar a Segurança Pública, que engloba a Polícia Civil, a Polícia Militar e os bombeiros, as Forças Armadas detêm, desde então, o controle de todo o aparelho de repressão do Rio de Janeiro – e, consequentemente, podem determinar tudo o que deve ou não acontecer no Estado.
Evidenciando a subserviência, cada vez maior, das Forças Armadas brasileiras ao imperialismo norte-americano, depois do golpe de Estado que derrubou a presidenta Dilma Rousseff, com o apoio dos militares, bem como o aprofundamento dos planos dos chefes militares de aplicarem um golpe dentro do golpe, com uma intervenção militar diante do fracasso do governo Temer, oficiais do Centro de Estudos Estratégicos do Exército Brasileiro (CEEEx) e do Strategic Studies Institute (SSI/USWAC), do Exército dos EUA, estiveram reunidos em Brasília, entre os dias 12 e 14 de dezembro passados, conforme informaram sites das áreas de segurança e apologistas do golpe militar.
Essa semana ganhou pouco destaque na imprensa golpista um tema que não pode passar despercebido. Um exercício militar será feito na região da Amazônia com participação dos EUA, Colômbia e Peru. Uma base militar temporária, pelo menos em tese, será montada na cidade de Tabatinga, no Amazonas. A cidade brasileira fica às margens do rio Solimões e faz fronteira com a Colômbia e o Peru.
Após as recentes declarações do Alto Comando das Forças Armadas não só sobre a possibilidade, mas sobre a existência de um planejamento de golpe militar, apoiada pelo Comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, há, hoje, um clima de grande incerteza sobre o futuro político do País.
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