Para exigir um basta ao desemprego, à retirada de direitos sociais e trabalhistas, às privatizações, ao aumento do gás e dos combustíveis e aos ataques do governo, a Unidade Classista, em unidade com as centrais sindicais, convoca o conjunto da classe trabalhadora para se somar à mobilização do dia 10 de agosto por todo o país.
Para exigir um basta de desemprego, de retirada de direitos sociais e trabalhistas, de privatizações, de aumento do gás e dos combustíveis e dos ataques do governo, a Unidade Classista em unidade com as centrais sindicais convoca o conjunto da classe trabalhadora para se somar na mobilização do dia 10 de agosto por todo o país.
[Elaine Tavares] Não é de agora que o governo brasileiro vem arrochando a vida do trabalhador. O processo começou bem antes de o vice, Michel Temer, dar o golpe. A presidenta Dilma Roussef, que se elegeu com um programa, vinha já aplicando outro, mais adequado aos interesses das grandes agências de fomento internacionais, do agronegócio e da pequena parcela da elite produtiva. Sempre é bom lembrar que Dilma escolheu Joaquim Levy para Ministro da Fazenda, um ex-funcionário do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), ou seja, uma raposa cuidando do galinheiro. E logo que entrou já veio com a conversinha de metas para o superávit primário, baixando duas medidas provisórias de ajuste fiscal, que mexia com trabalhadores e empresários de médio porte. Essa memória é necessária para que se perceba que o governo do PT estava respaldando as medidas, ainda que um ou outro dirigente fizesse críticas públicas ao ministro.
[Maria Josefina Arce] Com a chegada ao poder de governos neoliberais, a América Latina recuou quanto aos direitos dos trabalhadores. Em 2017, pelo terceiro ano consecutivo, o desemprego cresceu na região atingindo 8,4 por cento.
A condenação do ex-presidente Lula pelo TRF-4, em 24 de janeiro de 2018, realizada sem provas ou mesmo bases jurídicas consistentes, é mais um elo na série de criminalizações políticas realizadas pelo Judiciário brasileiro e direcionadas principalmente contra a esquerda, o movimento sindical e os movimentos sociais. Uma direita incapaz de legitimar seu programa neoliberal nas urnas, devido ao seu caráter totalmente alheio aos anseios da população, mesmo com todos os recursos da grande mídia a seu favor, procura impor seus representantes nos principais cargos públicos, tentando inviabilizar judicialmente seus adversários, mesmo aqueles que, como Lula, há muito aceitaram o essencial do programa que interessa aos grandes empresários e fizeram da conciliação de classe o seu estilo político.
De acordo com as novas regras implementadas com a reforma trabalhista, haverá casos em que o trabalhador terá de pagar para trabalhar. Essa regra, que é extremamente boa para os empresários, define que o patrão deverá recolher 8% do que falta entre o valor recebido pelo empregado e o salário mínimo.
O governo golpista, que pretende acabar com a aposentadoria de milhares de trabalhadores do país, com a “reforma” da previdência, estuda também aplicar uma dura política de redução dos salários, com a aprovação da “reforma” salarial. A proposta será enviada ao Congresso ainda este ano e terá como alvo principal, em um primeiro momento, os servidores públicos federais, os quais possuem uma remuneração elevada em comparação com as outras categorias de trabalhadores.
A CUT e demais centrais - Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central, CSB, Intersindical, CGTB e CSP-Conlutas – decidiram realizar, no dia 5 de dezembro, uma Greve Nacional em Defesa da Previdência e dos Direitos.
Com a aprovação da “reforma” trabalhista pela direita, a qual na prática acaba com a CLT, transferindo maior poder aos patrões, por meio do chamado negociado sobre o legislado, vai ser muito difícil que a maior parte dos sindicatos do país consigam manter as garantias trabalhistas por meio da negociações com os capitalistas.
Passados alguns anos do início do golpe, até hoje, e com o aumento diário da crise, que pode levar a um novo golpe militar, apontamos uma cronologia resumida do golpe para uma visão em perspectiva dos acontecimentos.
Quem somos | Info legal | Publicidade | Copyleft © 2010 Diário Liberdade.
Contacto: diarioliberdade [arroba] gmail.com | Telf: (+34) 717714759