Foi na terça feira dia 28 de junho assinado o novo contrato colectivo de trabalho, resultado das negociações que decorrem desde janeiro e da pressão exercida pela categoria.
O contrato é válido durante seis anos e prevê uma nova tabela salarial, com dez níveis, e um novo "regime de progressão na carreira, com um registo misto de progressões automáticas por decurso do tempo e de progressão por mérito, com base em critérios objetivos".
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O acordo garante ainda que a empresa de trabalho temporário (ETT) Porlis não irá mais contratar trabalhadores, e a situação dos atuais trabalhadores contratado por intermédio da ETT será resolvida no prazo máximo de dois anos. Ao longo dos próximos seis meses 23 trabalhadores da Porlis serão integrados nos quadros da Empresa de Trabalho Portuário de Lisboa. Este ponto foi, para António Mariano, presidente do sindicato, considerado como a principal “vitória” do processo.
Ficou também determinado que determinadas funções, mais exigentes, serão executadas "prioritariamente por trabalhadores portuários com experiência e preparação para as exercer", tal como os e as estivadoras reclamavam.
A categoria consegue avanços só depois de uma greve que durou um mês e das manifestações ao longo do mês de junho, e tendo enfrentado uma guerra total do governo. As e os estivadores chegaram a enfrentar uma séria ameaça de despedimento coletivo, apesar do qual continuaram à frente com a sua mobilização, que conseguiu aderir outros elementos precarizados da classe trabalhadora portuguesa.