[Jackson Lears, Tradução do Coletivo Vila Vudu] A política nos EUA só muito raramente exibiu espetáculo mais desalentador. As atitudes repelentes, grotescas e perigosas de Donald Trump são incômodas que chegue, mas também é horrorosamente incômodo o fracasso da liderança do Partido Democrata, que absolutamente não é capaz de se dar conta do que significou a campanha eleitoral de 2016. O desafio que Bernie Sanders impôs a Hillary Clinton, combinado ao triunfo de Trump, revelou a extensão da fúria popular contra a política de sempre, dos EUA – essa mistura de política doméstica neoliberal e política externa intervencionista que é consenso em Washington. Os neoliberais celebram a serventia do mercado como único critério de valor; os intervencionistas exaltam o aventureirismo militar em outros continentes como meio para combater o mal, de modo a preservar o progresso global. Essas duas agendas já se mostraram calamitosas para a maioria dos norte-americanos.
[Patrick Buchanan, Tradução do Coletivo Vila Vudu] Dia 9 de agosto de 1974, Richard Nixon rendeu-se à inevitabilidade do impeachment e à condenação por um Senado Democrata e renunciou.
Dia 16 de outubro a Australian Broadcasting Corporation, ABC Australia, pôs no ar uma entrevista com Hillary Clinton: uma de muitas para promover seu livro no qual estabelece uma dita sua verdade sobre por que não foi eleita presidenta dos EUA.
[Rafael Silva; Laboratório Filosófico] Um dos maiores talentos de Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, é a sua capacidade de ser criticado. Há poucos dias, a atriz Meryl Streep o criticou em uma famosa premiação cinematográfica. A plateia que a assistia ao vivo e os Trump-haters de todo o mundo aplaudiram-na. Todavia, quase a mesma quantidade de gente – eleitores norte-americanos e admiradores Worldwide do futuro presidente – rechaçaram-na. Até aí tudo bem, afinal, oposição de opiniões cai muito bem à democracia. Porém, como não podia deixar de ser, o ato mais criticável de todos a respeito do ocorrido no Globo de Ouro foi mesmo o de Trump.
Entrevista realizada pelo jornalista uruguaio Efraín Chury Iribarne com o sociólogo estadunidense James Petras, professor da Universidade de Binghamton.
[Boulevard Voltaire, Tradução do Coletivo Vila Vudu] Hollywood está em surto, tomada pelas paixões, depois da eleição surpresa de Donald Trump. O mundo superficial dos vestidos 'de griffe' e dos risos gravados para repetição infindável divide-se hoje entre prostração e histeria, como o demonstram as reações de algumas 'estrela' que apoiaram apaixonadamente a candidata do Partido Democrata. Celebridades como Michelle Rodríguez, Snoop Dogg e Lady Gaga montaram ao palco para denunciar o resultado da eleição.
[John Hellmer, Tradução do Coletivo Vila Vudu] A geografia da eleição nos EUA essa semana é coisa jamais vista. E ali aconteceu a maior derrota jamais infligida, em toda a literatura moderna. – Foi a capacidade dos norte-americanos para compreender o valor verdade do que lhes dão para ler e lhe dizem pela TV, rádio, mídias sociais e internet.
O The New York Times tem uma página interativa muito interessante, onde podemos consultar a distribuição de votos nas eleições presidenciais por diferentes segmentos (sexo, raça, renda, idade, grau de escolaridade, etc), e ainda comparar essas distribuições entre diferentes eleições (comparar 2016 com 2012 ou 2008, por exemplo). Uma informação importante que podemos extrair daí é, por exemplo, que, embora Clinton tenha tido a maioria dos votos negros, latinos e jovens, não o conseguiu na mesma proporção que Obama em 2012. Mesmo entre as mulheres, Hillary perdeu 1% em relação a Obama. Já Trump, apesar de todo seu discurso impregnado de racismo e machismo, conseguiu ampliar o voto republicano nos segmentos negro e latino, manteve no segmento jovem e perdeu muito pouco no segmento feminino.
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