O ato em Brasília do último dia 15 confirmou a enorme tendência a uma mobilização de massas contra o golpe de Estado que se expressa nesse momento na luta pela candidatura de Lula e pela liberdade do ex-presidente. Mesmo com todos os obstáculos, inclusive o boicote de setores da própria esquerda, a manifestação em Brasília foi massiva e garantiu o registro de Lula no TSE.
[Eduardo Vasco] A luta pela liberdade de Lula é a única neste momento que aglutina toda a classe trabalhadora, todos os explorados e oprimidos, todas as massas populares do Brasil. É a única luta com o potencial de se transformar em um levante popular. A única fonte de radicalização do movimento operário e camponês.
Essa é a questão central da situação política nacional, a derrubada de Temer iniciada pelos donos do golpe pode ser arrematada pela força das massas populares. A manifestação em Brasília, na última semana, revelou-a com toda clareza.
Por todo o mundo trabalhadores e trabalhadoras, do campo e da cidade, manifestam-se em seu dia. Há comemorações pelos direitos conquistados mas há também uma clara disposição de luta e reivindicação de uma nova sociedade, que supere o capitalismo e construa o socialismo.
[Arthur Witter Meurer] Dizem que nós, estudantes, não devemos ter um programa voltado à classe trabalhadora. Dizem, esses mesmos, que a juventude não deve interferir no que, teoricamente, não lhe diz respeito.
[João Guilherme Alvares] Em março deste ano, quando apontei algumas críticas ao mandato do PT no Governo Federal, fiz a seguinte afirmação: “o impeachment trará consequências ainda mais negativas à classe trabalhadora” [1]. Esta leitura, longe de ser um raio profético, encontrava ecos nas análises da conjuntura de organizações políticas sérias da esquerda.
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