Muito se fala sobre um suposto confronto no interior das Forças Armadas entre uma “esquerda” que mais precisamente poderia ser chamada de “legalista” e uma direita golpista. Os que defendem essa tese colocam o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, como um representante dessa ala “legalista” e o general Sérgio Etchgoyen como representante da ala direita.
Desde o último dia 16, as Forças Armadas estão autorizadas, por meio de um decreto presidencial, a controlar diretamente a Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, que é o segundo Estado mais importante do Brasil. Ao controlar a Segurança Pública, que engloba a Polícia Civil, a Polícia Militar e os bombeiros, as Forças Armadas detêm, desde então, o controle de todo o aparelho de repressão do Rio de Janeiro – e, consequentemente, podem determinar tudo o que deve ou não acontecer no Estado.
Na noite de ontem, dia 15, o presidente golpista Michel Temer decidiu que o governo federal irá intervir no estado do Rio de Janeiro. Por isso, o secretário de Segurança do estado, Roberto Sá, foi afastado do cargo e em seu lugar foi nomeado o general Braga Netto para controlar toda a segurança até pelo menos o fim do ano.
Evidenciando a subserviência, cada vez maior, das Forças Armadas brasileiras ao imperialismo norte-americano, depois do golpe de Estado que derrubou a presidenta Dilma Rousseff, com o apoio dos militares, bem como o aprofundamento dos planos dos chefes militares de aplicarem um golpe dentro do golpe, com uma intervenção militar diante do fracasso do governo Temer, oficiais do Centro de Estudos Estratégicos do Exército Brasileiro (CEEEx) e do Strategic Studies Institute (SSI/USWAC), do Exército dos EUA, estiveram reunidos em Brasília, entre os dias 12 e 14 de dezembro passados, conforme informaram sites das áreas de segurança e apologistas do golpe militar.
Cada movimentação das Forças Armadas deve ser encarada como uma preparação para a intervenção militar, que é cada vez mais uma possibilidade dado o nível de crise do regime golpista. Os generais repetem que se houver “caos” eles irão intervir, como foi o caso do General Hamilton Mourão que defendeu a intervenção publicamente em duas ocasiões.
Essa semana ganhou pouco destaque na imprensa golpista um tema que não pode passar despercebido. Um exercício militar será feito na região da Amazônia com participação dos EUA, Colômbia e Peru. Uma base militar temporária, pelo menos em tese, será montada na cidade de Tabatinga, no Amazonas. A cidade brasileira fica às margens do rio Solimões e faz fronteira com a Colômbia e o Peru.
[Tradução do Coletivo Vila Vudu] Numa campanha de publicidade em 2008, a Força Aérea dos EUA se autodeclarava "Acima de Tudo". Slogan e símbolo da campanha eram semelhantes à campanha dos alemães em 1933 "Deutschland Über Alles". Foi um sinal do que estava por vir.
A Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) divulgou um comunicado nesta terça-feira em que apoia a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte pelo presidente da República, Nicolás Maduro, com o objetivo de preservar a paz e a estabilidade da República.
A Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) ratificou nesta segunda-feira sua consciência patriótica e convicção democrática ante os setores que pretendem minar o moral do setor militar, como parte do plano golpista denunciado pelo Estado venezuelano.
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