O golpe no Brasil mostra como a democracia, mesmo limitada ao processo eleitoral, incomoda as classes dominantes. Mostra também que as forças progressistas não podem jogar todas as suas esperanças nas eleições ou na luta dentro das instituições. A disputa municipal de outubro é importante por oferecer um espaço de denúncia e de discussão. É importante também tentar eleger bancadas democráticas e progressistas nas Câmaras de Vereadores, para garantir uma tribuna e impedir retrocessos que ocorrem no âmbito municipal, como nos planos de educação. Mas canalizar a maior parte das energias para a disputa eleitoral, seja agora, seja em 2018, é uma armadilha.
Por Riobaldo Tartarana
A Executiva Nacional da CUT tomou uma decisão de “construir a greve geral para barrar o golpe”, em 24 de maio e a tornou pública sete dias depois. Uma greve geral não é uma decisão qualquer. Significa a mobilização de toda a classe trabalhadora para defender seus interesses enquanto classe, contraposta diretamente aos da burguesia e de seu estado.
[Rafael Silva] Diante do atual golpe de estado, o Brasil clama pela sua democracia furtada. Aparentemente, essa pecha parece ser a mais digna de ser empreendida diante do assalto oligárquico à “cracia do demos”, isto é, ao “governo do povo”. Entretanto, seria a democracia inquestionavelmente a nossa melhor opção? Sem essa resposta, nosso presente clamor corre o risco de ser um tiro no pé. Pior ainda, se a democracia com efeito não for a melhor forma de governo, outra coisa não estamos sendo senão massa de manobra a quem realmente esta forma de governo interessa, senão ao povo, que é a maioria, paradoxalmente às minorias.
[Alejandro Acosta] O estado de nervosismo dos trabalhadores brasileiros aumenta enquanto o governo golpista avança em seus planos de aprofundar a aplicação do plano de “ajustes fiscais”. Estão na mira a privatização da Petrobras, dos bancos públicos, dos Correios, da Infraero, entre outros.
[Rogério de Lucena*] Neste último domingo, dia 29 de maio, centenas de LGBTs, negros, mulheres etc reuniram-se na Avenida Paulista, em São Paulo, para a tradicional Parada do Orgulho LGBT e em defesa dos direitos democráticos dessas minorias.
Cerca de 30 deputados do Parlamento Europeu enviaram nesta sexta-feira (27/05) um pedido para que a União Europeia suspenda todas as negociações com o Mercosul devido à “falta de legitimidade” do atual governo brasileiro, liderado pelo vice-presidente no exercício da Presidência, Michel Temer.
[Alejandro Acosta] A cada dia que se passa fica evidente que o golpe de Estado parlamentar consumado no Brasil e que trouxe abaixo, pelo menos provisoriamente, o governo Dilma, por meio de um impeachment, vem sofrendo um sério desgaste e está na corda bamba da política.
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