Por Roberto Bitencourt da Silva. Durante mais de um ano, em inúmeras manifestações favoráveis à destituição da presidente Dilma Rousseff, reacionários golpistas de diferentes quadrantes esbravejavam uma renitente palavra de ordem: “Vai pra Cuba!”.
[Alejandro Acosta] Na última quinta-feira, 25 de agosto, teve início o julgamento final do processo de impeachment da Presidenta Dilma Rousseff. A votação final foi realizada no dia 31 do mesmo mês. O afastamento, no entanto, já eram favas contadas, uma vez que a própria cúpula do PT abandonou o barco e entregou a Presidenta aos lobos.
A partir de hoje, os golpistas e seus aliados buscarão – nos planos político-institucional e ideológico – avançar no combate aos interesses dos trabalhadores e setores populares que, na ordem capitalista, sempre estão comprometidos com a luta pela ampliação e consolidação da democracia.
[Rodrigo Valle Barradas] Trago na memória a nostalgia de um país que ousou ser algo além do que foi delimitado pelo poder. Era poder também, claro. E com o poder não se brinca. Com o poder não se alia. Ele é rasteiro, traiçoeiro, como um cão que não nos olha nos olhos e só ataca quando damos as costas, ou quando estão escondidos, nas sombras, esperando para dar o bote.
[Roberto Bitencourt da Silva] “Dizem por aí que os realistas só olham a parte má das coisas. Mas que querem? A parte boa da sociedade quase que não existe. De resto é bom a gente acostumar-se logo com as misérias da vida. É melhor do que o indivíduo, depois de mergulhado em pieguices, deparar com a verdade nua e crua” (Graciliano Ramos).
O julgamento de Dilma Rousseff no Senado brasileiro inicia-se hoje, irá prolongar-se ao longo dos próximos dias e Dilma será ouvida na próxima segunda feira. Dos 81 senadores, 48 já declararam o seu voto a favor da destituição, mas a contabilidade final a favor do impeachment pode chegar aos 60 votos favoráveis, segundo a estimativa do governo Temer. Findo o julgamento, Michel Temer, o seu ex-vice-presidente, será empossado e irá substituí-la ao londo dos 28 meses que faltam até terminar o mandato.
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