A coligação antichavista que organizou uma consulta interna tipo plebiscito neste domingo, com três perguntas de não reconhecimento do governo democrático e suas instituições, assegurou em coletiva de imprensa que participaram 7.136.170 pessoas.
Segundo pesquisas realizadas pela Hinterlaces, 71% dos venezuelanos acreditam que a oposição nacional não apresentou ao país um plano concreto para superar a atual conjuntura econômica, e 58% opina que ao chegar ao poder, a oposição não resolveria os problemas.
Sem métodos para evitar que se vote mais de uma vez, dualidades na proteção dos dados e a assinatura de uma ata para comprometer seus simpatizantes com a agenda insurrecional, a chamada Mesa da Unidade (MUD) vai realizar no próximo domingo um plebiscito para iniciar uma nova fase do seu plano contra as estruturas do Estado.
[Anisio Pires*, Tradução de Eliane Silveira] Para começar, o plebiscito que a oposição venezuelana pretende realizar no domingo, 16 de julho, não tem nada de novo. Como manobra já tinha sido usada no país, em 1957. Por quem? Pelo ditador Marcos Pérez Jiménez. Várias décadas depois foi usado também, no Chile, em 1988, pelo ditador Augusto Pinochet. Quanta coincidência, não é mesmo?
A palestra de Juan Requesens, deputado do Primeiro Justiça (PJ), em um fórum realizado na semana passada na Universidade Internacional da Florida (FIU), faz parte da linha discursiva da chamada Mesa da Unidade (MUD) na comunidade internacional: promover a agudização da crise interna e, com isso, justificar uma intervenção estrangeira no país, como via para derrubar o presidente constitucional, Nicolás Maduro.
A autodenominada Mesa da Unidade Democrática (MUD) insiste na execução de ações fora do marco constitucional para forçar a saída do governo legítimo do presidente Nicolás Maduro, ao convocar uma consulta sobre o mandato do chefe de Estado e da Assembleia Nacional Constituinte.
[Claudio Katz*] Durante os últimos dois meses a Venezuela afrontou uma onda de violência terrível. Contam-se já mais de 60 mortos entre escolas saqueadas, edifícios públicos incendiados, transportes públicos destruídos e hospitais evacuados. Os grandes meios de comunicação transmitem, em cadeia, só denúncias macabras do governo. Instalaram a imagem de um ditador em conflito com os democratas da oposição.
A criação de um Estado paralelo para uma suposta transição na Venezuela, mediante um processo que desconhece os Poderes Públicos, marca a nova fase do plano golpista que agentes da oposição na Venezuela executam desde abril.
A oposição aumenta o ataque aos programas sociais e serviços na Venezuela para aprofundar a crise econômica no país e continuar com sua campanha de terror contra o povo, destacaram hoje analistas.
"Os delitos de ódio, como linchamentos, motivados por razões políticas avançam de forma perigosa e impunemente no país", denunciou neste domingo o Defensor do Povo, Tarek William Saab.
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