Recentemente, o Diário Liberdade entrevistou a militante e professora Clarisse Gurgel sobre as recentes manifestações de direita no Brasil. Dando continuidade a esse debate, trazemos outra entrevista, agora, sobre as principais organizações de direita que estão por trás dessas manifestações. O entrevistado da vez é o cientista social Diego Batista Rodrigues de Oliveira. Integrante do Grupo de Estudos de Política da América Latina da Universidade Estadual de Londrina, atualmente, Diego pesquisa sobre as classes médias brasileiras e seus posicionamentos político-ideológicos.
O que essas manifestações dizem da atual conjuntura brasileira? Como podemos entendê-las a partir de uma análise mais aprofundada?Para debater essas questões, o Diário Liberdade entrevistou a militante e professora da Escola de Ciência Política da UNIRIO, Clarisse Gurgel.
[Carlos Completo] Após a queda do governo PSD/CDS e com a separação destes dois partidos da direita portuguesa, o CDS tem andado numa azáfama, indo a todas, numa enorme demagogia (quem já não tem presente o que o CDS fez no anterior executivo do patronato?), procurando ganhar espaço e apoios para futuras eleições e alianças.
[Rafael Silva; Laboratório Filosófico] “Deus é brasileiro”, aquela expressão tão popular quanto ingênua, está sendo customizada pela mais histérica ignorância a ponto de os antigos conterrâneos dEle estarem já acreditando que “brasileiro é Deus”. “Hilary Clinton é comunista”; “Lula é o maior quadrilheiro da história do Brasil”; “filosofia, sociologia e arte são coisas de vagabundo”; e até mesmo a maior irrealidade de todas, “Cunha salvador”; é o que senão a plena ignorância mundana pretendendo-se onisciência divina?
Como deter a virada à direita? Esta é a questão que as pessoas que se consideram à esquerda têm se colocado há algum tempo.
Frente ao descrédito que sofre a esquerda após o auto-promovido desmoronamento do Partido dos Trabalhadores (PT), a sua oposição ainda mais à direita, o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), vem buscando com tradicional incapacidade que lhe é própria emplacar nas eleições estaduais e municipais.
No dia 31 de julho, adornado de adesivos que publicitavam o “Fora Temer, não ao golpe”, após o ato contra o golpe, alguns coxinhas, “mauricebas e patricebas” desmiolados, me abordaram na rua de forma bastante ofensiva e raivosa: “só pode ser um petista comunista”, “vai pra Cuba”, “Marx era racista, protonazista” gritava uma com ares de superioridade e mais um desfile de pérolas fundamentadas num senso comum vil, típico de imbecis sem cérebro que jamais leram algo de Marx, mas muita Veja.
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