Setores da direita nacional divulgaram nesta quinta-feira um "comunicado para a comunidade internacional" em uma nova manobra para solicitar uma intervenção estrangeira e dar um golpe de Estado contra o governo constitucional do presidente Nicolás Maduro.
Movimentos sociais da juventude, organizações de bairro, coletivos culturais e jovens militantes de partidos políticos ocuparam as ruas de Caracas nesta quarta-feira (26) na marcha intitulada “Juventude pela paz e contra o terrorismo” e expressaram seu apoio ao governo do presidente Nicolás Maduro e seu repúdio aos protestos violentos da oposição.
O presidente do Poder Cidadão, Tarek William Saab, denunciou nesta terça-feira que setores da oposição pretendem atacar esta instância para consumar um golpe contra a institucionalidade democrática do país.
A República Bolivariana da Venezuela solicitou nesta terça-feia uma reunião extraordinária com os chanceleres da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) para denunciar a violência impulsionada por setores radicais da direita venezuelana, cujo objetivo é criar um clima de ingovernabilidade e justificar assim uma intervenção estrangeira.
A sequência de eventos que ocorre na República Bolivariana da Venezuela mostra que a estratégia da chamada "oposição democrática" é uma conspiração sediciosa para destruir a ordem democrática, devastar as liberdades civis e fisicamente aniquilar as principais figuras do chavismo, começando com o próprio presidente Nicolás Maduro, sua família e entorno afetivo próximo. Oponentes estão metodicamente atravessando os passos indicados pelo manual desestabilizador "Sem violência estratégica" (sic!) do consultor da CIA, Eugene Sharp.
A autodenominada Mesa da Unidade Democrática (MUD) convocou nesta segunda-feira concentrações em todo o país para bloquear o trânsito em ruas, avenidas e rodovias. Em Caracas se reuniram na rodovia Francisco Fajardo, no leste da cidade, zona de tradicional apoio à direita nacional.
[Matías Bosch*] Que curiosa é a "ditadura madurista" que denunciam Henrique Capriles, Henry Ramos Allup e Julio Borges. Enquanto todos os países governados por ditaduras foram fontes de emigrações em massa, a Venezuela seria a primeira que recebe imigrações de um país vizinho, como acontece com os colombianos: existem 5,6 milhões na Venezuela, no ano passado chegaram mais 100 mil e em 2017 já chegaram perto de 30 mil.
Pelo menos 54 crianças foram desalojadas após ataque de grupos violentos ao Hospital Materno Infantil de El Valle, em Caracas, na noite desta quinta-feira.
Desde a tarde desta quarta-feira os principais meios de comunicação privados do país e da América Latina, ao serviço da direita, manipulam alguns fatos violentos ocorridos à margem das manifestações da oposição, para assegurar- ao contrário das versões oficiais - que são consequência de uma suposta repressão estatal aos manifestantes.
Um telegrama classificado como “secreto”, datado de 17 de abril de 2006 e enviado de Caracas para diversos países da América Latina e agências governamentais dos EUA, confirma os laços entre opositores venezuelanos e o governo estadunidense.
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