Só depois da morte do filho é que dona Zilda prestou atenção na música dos Racionais MC. Bombeta, ou boné e moletom são para dona Zilda o RG - número da Carteira de Identidade - de quem vive na periferia.
[Peter Robe] Comitês locais de estudantes secundaristas e universitários junto a grupos antirracistas, de refugiados e de esquerda convocam mobilizações e greves estudantis em seis cidades.
[André Antunes] A cada 23 minutos um jovem negro é morto no Brasil. Movimentos de vários estados do país se articulam para denunciar o que classificam como um genocídio da população negra.
Por Rodrigo Barradas
Terça-feira (20). Indo num banco, vi um cara na orla da cidade de Olinda, Brasil, com as mãos na cabeça. A polícia o estava revistando. Revistando suas coisas: uma sacola plástica, dessas de supermercado. O cara, óbvio, aparentava ser bem pobre. Era negro. Os policiais, com uma farda dessas da Polícia Militar de praia, "cujo o corte relaxado, minimalista, aliado à cor da paz, produz mensagem de limpeza e simplicidade cujo papel pode ser lido como contraste ao clima de violência nas ruas"... Er... e fazia uma casadinha com aqueles veículos engraçados de seguranças de shopping center.
"O 4 de agosto de 2011 ás 8 da tarde, A.G, despois de considerar que os seus dereitos foran vulnerados ao ser apuntado cunha pistola no peito e na cabeza por dous axentes locais, mentres estaba sentado cos seus compañeiros á altura dos taxis do Obelisco en A Coruña, procedeu a interpoñer unha denuncia contra os dous axentes que o agrediran na comisaría da policía nacional", explica SOS Racismo.
[Rafael Silva] 150 anos depois da Guerra de Secessão, cujo virtuoso resultado histórico foi o fim da escravidão de negros na América do Norte, novamente “os Estados Unidos estão em situação de quase guerra civil em torno das tensões de origem racial”, alerta Flávio Aguiar, correspondente internacional da Rede Brasil Atual. Essa crise, no entanto, está anunciada desde 2014 quando a morte do jovem negro Michael Brown por um policial branco, no Missouri, originou a mobilização “Black Lives Matter” (Vidas dos Negros Importam) e a denúncia sistemática das práticas racistas das forças policiais norte-americanas. E com as mortes, também por policiais brancos, de outros dois negros, Alton Sterling, em 5 de julho de 2016, na Louisiana, e Philando Castile, no dia seguinte, em Minnesota, a tensão racial voltou a conturbar a arena social dos EUA, com milhares de pessoas protestando nas principais cidades do país.
[Pedro Marin] A cidade de Milwaukee, no estado de Wisconsin, nos EUA, enfrentou no último domingo (14) a segunda noite consecutiva de protestos, após o jovem negro Sylville Smith, de 23 anos, ter sido baleado e morto por um policial negro no sábado.
Mulher, negra, da Cidade de Deus. Eliminada da Olimpíada de Londres em 2012, Rafaela Silva sofreu com ataques racistas e até mesmo com uma depressão.
No dia 31 de julho, adornado de adesivos que publicitavam o “Fora Temer, não ao golpe”, após o ato contra o golpe, alguns coxinhas, “mauricebas e patricebas” desmiolados, me abordaram na rua de forma bastante ofensiva e raivosa: “só pode ser um petista comunista”, “vai pra Cuba”, “Marx era racista, protonazista” gritava uma com ares de superioridade e mais um desfile de pérolas fundamentadas num senso comum vil, típico de imbecis sem cérebro que jamais leram algo de Marx, mas muita Veja.
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