Prossegue a ofensiva golpista, vitoriosa em 2016, com a deposição de Dilma Rousseff.
Hoje, dia 31 de agosto, faz um ano do afastamento definitivo da presidenta eleita Dilma Rousseff, um ano de golpe. Resultado de uma ofensiva que teve início pelo menos quatro anos antes, no julgamento do Mensalão, o golpe de Estado atingiu sua etapa mais importante quando o Senado golpista decidiu de uma vez por todas que Dilma deveria ser derrubada.
[Israel Souza[1]
Assegurar a aparência de legitimidade ao golpe dado em Dilma/PT, com o fito de convencer que a ordem constitucional fora mantida e evitar distúrbios sociais. Efetivar, célere e eficazmente, contrarreformas há tempos acalentadas por vários setores da burguesia nacional e internacional. Eis a dupla missão que alçou Temer (PMDB) à presidência do Brasil e que hoje pesa sobre sua cabeça como uma espada de Dâmocles, condicionando sua permanência no cargo.
[1] Cientista Social, Mestre em Desenvolvimento Regional, professor e pesquisador do Instituto Federal do Acre-Campus Cruzeiro do Sul. E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
[Helena Restrepo] Encontro plural organizado pelo PCO, e que apresenta os encontros plurais que se estão dando no Brasil.
[Afonso Costa] Algumas correntes políticas, inclusive a ex-presidente Dilma Rousseff, defendem eleições diretas já em face da crise política, econômica, social, moral e ética que o país vive. Entendem que seria a única alternativa viável para superá-la, ainda mais tendo um forte candidato, o ex-presidente Lula.
[Rafael Silva; Laboratório Filosófico] Tem um momento de extrema e simples verdade em meio à pós-verdadeirice vigarista de 2016. Quando foi vazado o áudio de uma conversa telefônica grampeada ilegalmente entre o ex-presidente Lula e a até então presidenta Dilma, um pouco antes de ela ser deposta, e na iminência de ele ser preso, Lula, ao saudar a companheira de partido e sucessora, disse: “Oi, querida. Tudo bem?”. Uma pausa de Dilma, tão grave quanto ela. Então ela responde: “Não, Lula, não tá, né? Não tá tudo bem não!”. Afirmação que, obviamente, o ex-metalúrgico não teve como negar. “É, é...” – concordou ele quase que envergonhado.
Por Cesar Mangolin
Penso que, ainda que por motivações distintas, as organizações da esquerda engoliram o golpe com alguma facilidade e com maior facilidade ainda dispuseram da presidenta Dilma e da legitimidade do seu mandato, independentemente de concordar ou de ser base ou não do governo.
[Roberto Bitencourt da Silva] “Dizem por aí que os realistas só olham a parte má das coisas. Mas que querem? A parte boa da sociedade quase que não existe. De resto é bom a gente acostumar-se logo com as misérias da vida. É melhor do que o indivíduo, depois de mergulhado em pieguices, deparar com a verdade nua e crua” (Graciliano Ramos).
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