É uma evidência, e não uma análise, que a CDU teve o seu pior resultado de sempre em eleições legislativas, depois dos piores resultados de sempre em presidenciais, em autárquicas e em europeias.
As eleições de 26 de Maio ficaram marcadas pela elevada abstenção, fenómeno que não pode ser desligado da política anti-laboral e anti-social da UE e do seu distanciamento face à necessidade de desenvolvimento de países como Portugal e do bem-estar da sua população.
Nunca é tão fácil perder-se como quando se julga conhecer o caminho./ O segredo para se andar sobre as águas é saber onde estão as pedras. / Um momento de paciência pode evitar um grande desastre,/ um momento de impaciência pode arruinar toda uma vida. Sabedoria popular chinesa
[Eduardo Vasco] Quando, devido ao processo golpista que já começava a desestabilizar o governo de Dilma Rousseff (PT), Jair Bolsonaro emergiu no cenário político nacional, ele se apresentava como um político pretensamente antissistema. Aproveitando-se da erosão do regime político, como é de costume da extrema-direita e dos fascistas, ele investiu no discurso “contra tudo e contra todos”. Era exatamente o “Messias”. Aquele que acabaria “com tudo isso aí”, varreria o País dos males do sistema, da corrupção, dos privilégios.
Habitualmente o Brasil é referido pelas suas belezas - de um povo miscigenado e de uma paisagem tropical encantadora - pelas suas riquezas naturais, minerais e de conhecimento científico ou artístico - que serviram de base ao livro de Stefan Zwaig que o viu como "País do Futuro".
A vitória de Jair Bolsonaro no pleito presidencial registrará a dimensão do desastre histórico vivido pelo mundo do trabalho no Brasil.
Por Anisio Pires*
A situação é muito complicada. A possibilidade de que chegue à presidência do Brasil um obscuro personagem que representa o pior do pior, é preocupante. Abertamente defensor da tortura, descaradamente racista, homofóbico e capaz de dizer a uma deputada frente às câmaras que “não a estuprava porque não valia à pena”, este indivíduo defende que a população se arme para enfrentar à delinquência do mesmo modo que os amigos da “Sociedade Nacional dos Rifles” nos EUA. Mas é pior. Em um encontro recente com mil empresários que fervorosamente o aplaudiram, defendeu sua proposta para acabar com a criminalidade, a qual ele chama ao estilo nazista, “A solução Final”. Propôs sobrevoar com helicóptero um bairro popular (A Rocinha) e lançar milhares de panfletos pedindo aos bandidos para se entregarem em um prazo de 6 horas. Caso não saíssem, daria então a ordem de entrar e metralhar sem misericórdia. O que é mais terrível: que o tenha dito ou que o tenham aplaudido?
"Cria corvos e eles te arrancarão os olhos". Sabedoria popular espanhola. "É preferível ser dono de uma moeda a ser escravo de duas." Sabedoria popular grega
Saudosa memória da imensa manifestação "DIRETAS,JÁ!" que meteu no fundo da gaveta da História a ditadura fascista de 64! Mas precisamos lembrar que a geração de novos eleitores, que agora votaram, eram bebês ou crianças naquela época.
Os primeiros dias da campanha eleitoral estão marcados por uma enorme campanha a favor de que se evite a “radicalização”, feita pelos grandes monopólios capitalistas das comunicações, dominados por meia dúzia de famílias que compõem um dos pilares fundamentais do regime golpista. Trabalham com afinco nessa campanha os “analistas” da imprensa burguesa, defensores do golpe de Estado que derrubou a presidenta Dilma Rousseff, da criminosa operação Lava Jato que levou à condenação sem provas e à prisão política do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os políticos que defendiam o “plano A” da burguesia golpista, com a candidatura do ex-governador e presidente do PSDB, Geraldo Alckmin, ou o mesmo o “plano c”, com a candidatura Ciro Gomes.
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