Aqueles que fazem revoluções pela metade, não fazem senão cavar uma sepultura onde serão enterrados. Antoine de Saint-Just, Relatório à Convenção, 3 de março de 1794
Não é pouco. José Dirceu, primeiro homem do PT após Lula da Silva e, a seguir, a besta-fera do “Mensalão”, propor despir-se diante de todos, ao escrever sua biografia, do nascimento até 2005, quando foi atirado pelos companheiros petistas aos leões famintos da Justiça torta e da direita ensandecida.
As candidaturas de Jair Bolsonaro e de Fernando Haddad foram apresentadas pela direção do PT como confronto geral entre a civilização e a barbárie, o fascismo e a democracia.
Por Anisio Pires*
A situação é muito complicada. A possibilidade de que chegue à presidência do Brasil um obscuro personagem que representa o pior do pior, é preocupante. Abertamente defensor da tortura, descaradamente racista, homofóbico e capaz de dizer a uma deputada frente às câmaras que “não a estuprava porque não valia à pena”, este indivíduo defende que a população se arme para enfrentar à delinquência do mesmo modo que os amigos da “Sociedade Nacional dos Rifles” nos EUA. Mas é pior. Em um encontro recente com mil empresários que fervorosamente o aplaudiram, defendeu sua proposta para acabar com a criminalidade, a qual ele chama ao estilo nazista, “A solução Final”. Propôs sobrevoar com helicóptero um bairro popular (A Rocinha) e lançar milhares de panfletos pedindo aos bandidos para se entregarem em um prazo de 6 horas. Caso não saíssem, daria então a ordem de entrar e metralhar sem misericórdia. O que é mais terrível: que o tenha dito ou que o tenham aplaudido?
Os primeiros dias da campanha eleitoral estão marcados por uma enorme campanha a favor de que se evite a “radicalização”, feita pelos grandes monopólios capitalistas das comunicações, dominados por meia dúzia de famílias que compõem um dos pilares fundamentais do regime golpista. Trabalham com afinco nessa campanha os “analistas” da imprensa burguesa, defensores do golpe de Estado que derrubou a presidenta Dilma Rousseff, da criminosa operação Lava Jato que levou à condenação sem provas e à prisão política do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os políticos que defendiam o “plano A” da burguesia golpista, com a candidatura do ex-governador e presidente do PSDB, Geraldo Alckmin, ou o mesmo o “plano c”, com a candidatura Ciro Gomes.
[Eduardo Vasco] No regime burguês, todas as eleições, mesmo nos países mais democráticos, são sempre controladas pelos capitalistas. Ainda mais no Brasil, um país da periferia com uma democracia burguesa atrasada – como não poderia deixar de ser – não houve sequer uma única eleição que não tivesse sido fraudada. Após o golpe que derrubou Dilma Rousseff (PT) da presidência, em 2016, ficou claro que a burguesia iria endurecer o controle sobre todas as instituições do Estado. E foi isso que ela fez, colocando tudo sob o controle da direita golpista e pró-imperialista: Judiciário, Executivo, Legislativo, Forças Armadas, polícias e imprensa.
[Antônio Eduardo Alves] Neste 11 de setembro de 2018, a direção do PT intimidada e acuada por uma feroz campanha de cerceamento dos direitos democráticos do ex-presidente Lula, preso injustamente em Curitiba, resolveu substituir a candidatura do principal líder político do país, que se encontrava na dianteira em todas as soldagens eleitorais.
A frente única jurídico-golpista, que legitimou o golpe contra o governo eleito através do fraudulento impeachment que depôs Dilma Rousseff, acaba de desfechar mais um golpe contra a vontade soberana de mais de 40% do eleitorado nacional.
[Sandro Ari Andrade de Miranda*] Para escrever este artigo, pouco importam as decisões do TSE e STF sobre a candidatura de Lula (PT) já que o objeto é a análise dos resultados de várias pesquisas eleitorais onde o antigo Chefe de Estado segue crescendo, mesmo com uma sequência infindável de ataques à sua imagem pessoal.
[Rafael Dantas] Não é novidade que a burguesia criou um cordão sanitário em torno do ex-presidente Lula. Depois de transformá-lo em preso político na República de Curitiba há mais de 120 dias, os golpistas vêm trabalhando intensamente para cassar o direito do ex-presidente concorrer nas eleições. Querem tirar seu nome das urnas a todo custo.
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