Essa é a questão central da situação política nacional, a derrubada de Temer iniciada pelos donos do golpe pode ser arrematada pela força das massas populares. A manifestação em Brasília, na última semana, revelou-a com toda clareza.
[Igor Fuser] Se alguém acha que uma nova rodada eleitoral pode ser suficiente para reverter as sucessivas derrotas e a atual crise da esquerda na América Latina, pode tirar o cavalo da chuva. As forças da direita, aliadas ao imperialismo estadunidense, simplesmente não estão dispostas a aceitar a alternância no governo. Seu objetivo é “expulsar a esquerda das instituições do Estado e liquidá-la politicamente” – por isso, promovem a criminalização de líderes como Lula e Cristina Kirchner. Querem blindar o Estado, “fechar a porta e jogar fora a chave”, para que a esquerda nunca mais volte a governar.
Venezuela e Brasil sofrem golpes e ataques econômicos e políticos orquestrados pelos milionários e oligarcas da região com o apoio, patrocínio e supervisão do poderoso vizinho do Norte.
O golpe de Estado polarizou a política nacional. A esta altura, é difícil uma organização política se manter neutra na discussão se é a favor ou contra o golpe. Uma política clara diante desse problema em específico fez com que o Partido da Causa Operária fosse uma organização bastante procurada, seja por quem defende a candidatura de Lula em 2018, ou por quem quer anular o impeachment e derrotar o golpe imediatamente, etc.
Diante da intenção de restaurar o modelo neoliberal no continente, o povo rebelde e revolucionário está mobilizado em defesa de seus direitos, afirmou neste domingo o presidente da República, Nicolás Maduro.
[Fernando Bossi Rojas, Tradução do Diário Liberdade] Começando pelo próprio Marx e chegando até o momento atual, observamos que muitos intelectuais e pensadores de esquerda em geral vêm sustentando que a crise terminal do sistema capitalista é um fato demonstrado. A cada crise cíclica do capitalismo aparece a sentença inapelável de que o sistema está caindo. Incluindo, obviamente, a crise de 2008.
[Rafael Silva; Laboratório Filosófico] Hoje em dia, as esquerdas estão miseravelmente enfraquecidas. A revolução socialista que elas deveriam empreender, parece mais utópica que nunca. Culpar a vigorosa rea(scen)ção das direitas, no entanto, só aumenta a miséria das esquerdas, por mais que a fraqueza destas interesse àquelas. O atual tsunami reacionário, ao contrário, deveria estimular mais os seus antagonistas de esquerda. Contudo, a presença deles na pecha política mais parece ausência.
[Rafael Silva; Laboratório Filosófico]Dizer que é errado os ricos e poderosos oprimirem cruelmente o povo em busca de mais riqueza e poder – em vez de produzirem uma sociedade mais justa, igualitária, blá-blá-blá -, porventura não é como, a despeito da natureza, decidir que é errado a água (ao nível do mar...) ferver a 100°C, e não a 50? Assim como seria em relação à ebulição da água, é muita ingenuidade o povo desejar que a classe dominante não aja conforme a sua natureza, que é dominar e nada mais. Dessa perspectiva, o povo que, dominado, segue achando que os dominantes agem erradamente; que depende da boa vontade dos poderosos a liberdade e felicidade do povo; este povo merece a dominação que sofre, pelo menos até levar à cabo a sua própria natureza, que nasce no desejo de não ser dominado; e que vive somente na luta contra a dominação.
[Sandro Ari Andrade de Miranda*]
“[…] se não fosse por causa do direito de sonhar e pela água que dele jorra, a maior parte dos direitos morreria de sede”.
(Eduardo Galeano)
[Milton Temer] Quanto mais mergulho nas leituras sobre a Revolução Francesa, mais a considero como o episódio épico mais expressivo da história da Humanidade.
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