[El Clarín, Chile] Num discurso feito em julho deste ano, no qual felicitava a si mesmo, o subprocurador geral estadunidense Kenneth A. Blanco, que dirigia a Divisão Penal do Departamento de Justiça (porque logo o Secretário do Tesouro, Steve Mnuchin, o escolheu para encabeçar a Direção de Investigação sobre Delitos Financeiros), se referiu ao veredito condenatório ditado contra o ex-presidente do Brasil, Lula da Silva, como o principal exemplo dos “resultados extraordinários” alcançados graças à colaboração do Departamento de Justiça (DOJ, por sua sigla em inglês) com os promotores brasileiros na operação “anti corrupção” chamada Lava Jato.
O Brasil vive atualmente uma crise completa, a mais grave desde os momentos finais da ditadura e o início do processo de democratização em meados dos anos 80. Trata-se de um processo no qual converge um conjunto de vetores que confluem contraditoriamente retroalimentando-se e, ao mesmo tempo, repelindo-se mutuamente, pois todos os agentes que influenciam essas variáveis buscam encontrar saídas para os problemas colocados pela conjuntura, mas até agora, apesar da brutal ofensiva do capital, ainda não se verificou um desfecho definitivo da crise. Isso se explica em função da diversidade de projetos das várias frações burguesas sobre os rumos da conjuntura aberta com o impeachment da presidente Dilma, da impopularidade do governo golpista, quanto da resistência da população e, especialmente, diante do temor de setores da burguesia de um levante social provocado pela dramática conjuntura da qual não têm controle pleno.
O deputado federal Jair Bolsonaro, presidenciável de extrema direita às eleições de 2018 vem se declarando como candidato “patriota e nacionalista”. No entanto, Em Manaus/AM, onde esteve no dia 14 de dezembro, o reacionário militar da reserva fez diversas declarações de cunho nitidamente direitista e entreguista, o que demonstra que não passa de pura demagogia o fraseado supostamente “patriótico” do candidato preferencial dos coxinhas.
[Flávio Lima*] No intervalo de 18 meses - período que o governo Michel Temer está no poder -, o Brasil vem passando por um processo de reorientação das políticas sociais e distributivas. Ao assumir de forma interina a Presidência da República, diz o geógrafo Ronnie Aldrin Silva, seu governo altera os padrões das políticas universalistas que vinham sendo implementadas desde a promulgação da Constituição de 1988.
Essa é a maior dificuldade no momento atual em que a maior parte da esquerda tem a ideia de que a situação será mudada por meio das eleições, como se fosse um milagre. A eleição reflete de maneira bastante deformada uma determinada relação de forças. Aquele que não tem forças fora das eleições, também não as têm nas eleições.
O governo golpista, que pretende acabar com a aposentadoria de milhares de trabalhadores do país, com a “reforma” da previdência, estuda também aplicar uma dura política de redução dos salários, com a aprovação da “reforma” salarial. A proposta será enviada ao Congresso ainda este ano e terá como alvo principal, em um primeiro momento, os servidores públicos federais, os quais possuem uma remuneração elevada em comparação com as outras categorias de trabalhadores.
A CUT e demais centrais - Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central, CSB, Intersindical, CGTB e CSP-Conlutas – decidiram realizar, no dia 5 de dezembro, uma Greve Nacional em Defesa da Previdência e dos Direitos.
[Edu Montesanti] Não apenas pela quantidade, mas a maneira como o MBL (Movimento Brasil Livre) pratica e espalha contrainformação traz alguns sinais preocupantes: até onde chega a "distração" de determinados setores da sociedade brasileira, a falta de poder de reação de outros, a evidência de que o movimento, surgido há três anos, tem por trás de si profissionais muito bem pagos, especialistas dedicados exclusivamente a isso que vão muito além de um punhado de "moleques liberais", como seus líderes tentam explicar as origens do agrupamento, além do futuro da própria informação e, consequentemente, da democracia e da liberdade que daquela dependem para sobreviver - exatamente o que o excessivamente cínico MBL garante defender, apenas enganando os mais "desavisados".
[W. T. Whitney, Tradução do Coletivo Vila Vudu] Os EUA impuseram bases militares na América Latina e já deslocaram tropas para aquela parte do mundo. A 4ª frota dos EUA lá está, cercando as rotas marítimas. Essas ações, deve-se supor, têm a ver com guerra, com preparação para a guerra, com ocupar territórios. Seja como for, os encarregados precisam construir uma narrativa que faça sentido. No que tenha a ver com a América Latina, o governo dos EUA quase sempre argumenta que suas forças militares estariam reagindo a terroristas ou a narcotraficantes ou a insurgências.
Diante do desenvolvimento do Golpe de Estado que está se desenvolvendo para um golpe militar, coloca-se a necessidade de qualquer um que luta pela aquisição ou defesa de seus direitos a luta contra a direita golpista e fascista. Por isso, nesse artigo trataremos de algumas maneiras do que deve ser feito para combater o avanço da direita, cotidianamente.
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