Segundo o sociólogo Emir Sader, o golpe judiciário-parlamentar-midiático ocorrido em agosto de 2016, que destituiu a presidenta Dilma Rousseff, transformou o sistema brasileiro em um “regime de exceção”.
O governo federal divulgou ontem (26) dados que apontam que a Previdência registrou, em 2016, déficit de R$ 149,73 bilhões, o que representaria um aumento de 74,5% em relação ao ano anterior, além de que esse "rombo" representaria 2,4% do PIB. Contudo, economistas, sindicalistas e pesquisadores seguem afirmando que o déficit não existe, porque se trataria de um cálculo distorcido.
O governo brasileiro está levando a cabo projeto de reforma trabalhista, enviado ao Congresso em dezembro, que possibilitará o prolongamento da jornada de trabalho para até 220 horas mensais.
Em manifesto dirigido a toda a categoria petroleira, trabalhadores e trabalhadoras da plataforma marítima de Cherne-1, na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, denunciaram o desmonte e a venda da Petrobras ao capital estrangeiro.
Ao falar da política colonial da época do imperialismo capitalista, é necessário notar que o capital financeiro e a correspondente política internacional, que se traduz na luta das grandes potências pela partilha econômica e política do mundo, originam abundantes formas transitórias de dependência estatal.
Talvez a principal lacuna do pensamento e da ação política das esquerdas brasileiras seja o desprezo pela questão nacional. Não é gratuito que, há décadas, sobretudo com a hegemonia alcançada pelo petismo e seus filhos partidários desgarrados, os temas propostos, em regra, mal arranham a estrutura brasileira de poder.
Um fato importante vem à tona com os recentes episódios nos presídios brasileiros. O Estado brasileiro é criminoso e não tem autoridade para garantir nenhuma lei. As rebeliões e os massacres são resultados da situação na qual o Estado jogou os presos.
Vivemos uma conjuntura catastrófica: mais de 22 milhões de trabalhadores estão desempregados; 6,2 milhões de famílias sofrem com um gigantesco déficit habitacional; serviços públicos se deterioram a olhos vistos e os salários são desvalorizados de forma acelerada, sendo que, para muitos, já nem têm mais data certa para serem pagos; nossa jornada de trabalho é cada vez mais extensa e intensa; assistimos à proliferação das terceirizações e os mais variados tipos de precarização e, como se isso não bastasse, temos sido forçados a conviver com um governo federal ilegítimo, fruto de uma operação institucional golpista.
[Rafael Silva; Laboratório Filosófico] Se uma coisa não é mais possível, dizemos que é impossível. E se essa coisa é um país, por exemplo, o meu, o Brasil, nem mesmo a sua língua deve censurar a minha impertinência neologista de, no atual momento, mais do que em todos os outros dos meus 43 anos de brasilidade, chamá-lo de impaís. Nas linhas que se seguem, nas quais ocuparei o meu “lugar de fala” enquanto cidadão brasileiro, solicito a distinção entre “país”, enquanto o lugar no qual os interesses do povo são possíveis, e impaís, onde eles são impossíveis.
Análise política semanal Rui Pimenta, do PCO.
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