[Ney Nunes] A mídia burguesa tenta de todas as formas “tapar o sol com a peneira”, mas a dura realidade vai se impondo aos olhos de todos, pelo menos daqueles que não perderam a capacidade de, minimamente, entender o que se passa a sua volta.
Suspender o bloqueio econômico e financeiro contra o povo venezuelano e respeitar sua soberania é a melhor maneira de ajudar a Venezuela contra o assédio ingerencista e a falsa matriz de opinião de crise humanitária que impuseram os governos dos Estados Unidos, União Europeia e alguns países latino-americanos, por sua férrea vontade de construir o socialismo bolivariano.
[Filipe Diniz] Duas luminárias das crónicas de direita manifestaram este fim-de-semana o seu pessimismo, tanto em relação ao nosso País como em relação à UE.
Em tempos de golpe de Estado fica difícil exigir, dos que tomaram o poder, qualquer mínima obediência a leis, por mais simples que sejam. Vale para a política, em que os golpistas colocam em marcha todo o tipo de ilegalidade e arbitrariedade para passar por cima dos seus inimigos políticos, e vale também para a economia, que é violada sem maiores cerimônias quando se trata de atacar as condições de vida do povo.
O Brasil vive atualmente uma crise completa, a mais grave desde os momentos finais da ditadura e o início do processo de democratização em meados dos anos 80. Trata-se de um processo no qual converge um conjunto de vetores que confluem contraditoriamente retroalimentando-se e, ao mesmo tempo, repelindo-se mutuamente, pois todos os agentes que influenciam essas variáveis buscam encontrar saídas para os problemas colocados pela conjuntura, mas até agora, apesar da brutal ofensiva do capital, ainda não se verificou um desfecho definitivo da crise. Isso se explica em função da diversidade de projetos das várias frações burguesas sobre os rumos da conjuntura aberta com o impeachment da presidente Dilma, da impopularidade do governo golpista, quanto da resistência da população e, especialmente, diante do temor de setores da burguesia de um levante social provocado pela dramática conjuntura da qual não têm controle pleno.
[J. R. P. Guimarães] Desemprego e crise são palavras que descrevem bem a situação econômica e política brasileira dos últimos quatro anos. Atualmente, nosso país já possui 26 milhões de desempregados e semi-desempregados que perambulam por todos os cantos das cidades em busca de trabalho, passando horas ou até mesmo dias nas filas para de emprego para disputar mesmo os mais insalubres e precários trabalhos. Mesmo os piores trabalhos são ainda escassos [1], como comprovam as filas de mais de 30 horas de espera para empregos em lojas de shopping centers. O pauperismo se alastra pelos bairros, favelas, pelas regiões rurais; eclode a mendicância; a fome golpeia os lares dos trabalhadores; o desemprego acaba por empurrar para a insegurança e para os piores trabalhos as crianças e jovens das famílias proletárias, que tomam rumo aos montes aos semáforos, ônibus e metrôs para tentar colocar algum dinheiro que seja na mesa da família no final do dia. Mesmo aqueles empregados há décadas na mesma empresa ou no governo, prestes a se aposentar, com bons salários e que imaginavam nunca mais ter de passar por quaisquer dificuldades, veem-se agora no pântano do desemprego e da miséria, a exemplo dos funcionários públicos, dos professores universitários das faculdades públicas. No fim, todo o país parece tomado pela anarquia, pelo pessimismo e pela falta de perspectiva no amanhã.
[Ricardo Bevilacqua] Tamanha é a desconfiança do futuro que, os projetos são feitos só para o passado. Apesar do cenário não ser algo definitivo, o Brasil não tem uma saída institucional, a não ser uma Revolução.
[Carlos Drummond] Grandes bancos anulam a regulação, o dinheiro não vai para a economia real e o medo da reedição de 2008 aumenta.
[Prabhat Patnaik, Tradução do Coletivo Vila Vudu] "Capitalismo neoliberal" é o termo usado para designar a fase do capitalismo na qual foram consideravelmente reduzidas as restrições aos fluxos globais de mercadorias e capital, inclusive o capital sob a forma de finança. Dado que essa remoção acontece por pressão do capital financeiro móvel global (ou internacional), o capitalismo neoliberal é caracterizado pela hegemonia do capital financeiro internacional, com o qual se integram os grandes capitais em determinados países, e o qual garante que um conjunto comum de políticas "neoliberais" passem a ser praticadas em todos os países em todo o planeta.
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