[Afonso Costa*] A tragédia que se abateu sobre o Museu Histórico Nacional expressa a sanha do capitalismo na busca incessante por lucro. O descaso de sucessivos governos, acentuado pelo golpismo, é o instrumento utilizado para tal barbárie; advém de quem só dá valor ao que proporciona lucro para o capital.
[Sandro Ari Andrade de Miranda*] Para escrever este artigo, pouco importam as decisões do TSE e STF sobre a candidatura de Lula (PT) já que o objeto é a análise dos resultados de várias pesquisas eleitorais onde o antigo Chefe de Estado segue crescendo, mesmo com uma sequência infindável de ataques à sua imagem pessoal.
[Elaine Tavares] O desmonte sistemático da máquina pública e o sucateamento dos serviços públicos, única via de acesso da maioria da população para a saúde, educação, moradia e segurança, voltou a colocar o Brasil no mapa da fome e da morte por doenças que já deveriam ter sido erradicadas. O Ministério da Saúde, órgão oficial do governo, divulgou que o índice de mortalidade infantil cresceu em 2016 pela primeira vez em 26 anos e que deve aumentar. As taxas que vinham sofrendo quedas desde 1990, agora voltaram a subir. Em 2016 foram 36.350 mortes de crianças antes de completarem um ano de vida.
[Jorge Nogueira] Michel Temer se transformou em uma espécie de criança feia que ninguém quer embalar. É comum o jogo de empurra-empurra entre os diferentes campos políticos que buscam polarizar a sociedade brasileira sobre de quem é a responsabilidade por ele estar na Presidência da República.
[Maria Josefina Arce] Com a chegada ao poder de governos neoliberais, a América Latina recuou quanto aos direitos dos trabalhadores. Em 2017, pelo terceiro ano consecutivo, o desemprego cresceu na região atingindo 8,4 por cento.
[João Pedro Moraleida] Pasolini num texto chamado "Os jovens infelizes" faz uma série de colocações e questionamentos sobre o que denominava de "novo fascismo" da sociedade italiana na dec. de 70. Identificava esse movimento como um não exterminío do fascismo passado; junto a uma política clériga; a consolidação da sociedade de consumo de massa e, as responsabilidades dos pais e filhos - históricos - na colaboração continuada do fascismo, por não o terem eliminado de vez; por ainda afirmarem que a única história possível é a história burguesa; pela massificação das histórias e das lutas dos trabalhadores e pobres italianos. Tudo isso, de acordo com P.P., corroborado pela classe intelectual e culta, os pais, que agora assistem a condenação de seus filhos e de si mesmos com a emergência desse "novo fascismo". Nesse texto de 1975, alguns trechos podem nos servir como plataforma estratégica, não somente de ação, mas talvez uma estratégia de pensamento e reflexão política.
Muito se fala sobre um suposto confronto no interior das Forças Armadas entre uma “esquerda” que mais precisamente poderia ser chamada de “legalista” e uma direita golpista. Os que defendem essa tese colocam o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, como um representante dessa ala “legalista” e o general Sérgio Etchgoyen como representante da ala direita.
Em tempos de golpe de Estado fica difícil exigir, dos que tomaram o poder, qualquer mínima obediência a leis, por mais simples que sejam. Vale para a política, em que os golpistas colocam em marcha todo o tipo de ilegalidade e arbitrariedade para passar por cima dos seus inimigos políticos, e vale também para a economia, que é violada sem maiores cerimônias quando se trata de atacar as condições de vida do povo.
[Flávio Lima*] No intervalo de 18 meses - período que o governo Michel Temer está no poder -, o Brasil vem passando por um processo de reorientação das políticas sociais e distributivas. Ao assumir de forma interina a Presidência da República, diz o geógrafo Ronnie Aldrin Silva, seu governo altera os padrões das políticas universalistas que vinham sendo implementadas desde a promulgação da Constituição de 1988.
[Ricardo Bevilacqua] Tamanha é a desconfiança do futuro que, os projetos são feitos só para o passado. Apesar do cenário não ser algo definitivo, o Brasil não tem uma saída institucional, a não ser uma Revolução.
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