[El Clarín, Chile] Num discurso feito em julho deste ano, no qual felicitava a si mesmo, o subprocurador geral estadunidense Kenneth A. Blanco, que dirigia a Divisão Penal do Departamento de Justiça (porque logo o Secretário do Tesouro, Steve Mnuchin, o escolheu para encabeçar a Direção de Investigação sobre Delitos Financeiros), se referiu ao veredito condenatório ditado contra o ex-presidente do Brasil, Lula da Silva, como o principal exemplo dos “resultados extraordinários” alcançados graças à colaboração do Departamento de Justiça (DOJ, por sua sigla em inglês) com os promotores brasileiros na operação “anti corrupção” chamada Lava Jato.
Passados alguns anos do início do golpe, até hoje, e com o aumento diário da crise, que pode levar a um novo golpe militar, apontamos uma cronologia resumida do golpe para uma visão em perspectiva dos acontecimentos.
Hoje, dia 31 de agosto, faz um ano do afastamento definitivo da presidenta eleita Dilma Rousseff, um ano de golpe. Resultado de uma ofensiva que teve início pelo menos quatro anos antes, no julgamento do Mensalão, o golpe de Estado atingiu sua etapa mais importante quando o Senado golpista decidiu de uma vez por todas que Dilma deveria ser derrubada.
O presidente da República, Nicolás Maduro, reiterou nesta quinta-feira seu rechaço ao governo de fato do Brasil, após a revelação da gravação que mostra como Michel Temer, mandatário ilegítimo, comprava o silêncio do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, para ocultar casos de corrupção na Petrobras.
[Israel Souza*] O cenário de crise econômico-política que atravessamos é marcado no Brasil, sobremodo, pela disputa entre dois grandes grupos políticos e suas respectivas concepções, a saber, o petismo e o antipetismo. Cada um, a seu modo e em contraposição ao outro, se apresenta como saída para a atual crise.
Segundo o sociólogo Emir Sader, o golpe judiciário-parlamentar-midiático ocorrido em agosto de 2016, que destituiu a presidenta Dilma Rousseff, transformou o sistema brasileiro em um “regime de exceção”.
[João Guilherme A. de Farias] Logo após o impeachment de Dilma Rousseff e a posse de Michel Temer, iniciaram alguns debates a respeito das “rupturas e das continuidades” entre um governo e outro. Engana-se quem enxerga as continuidades apenas por ter sido Temer o vice de Dilma.
[Rafael Silva; Laboratório Filosófico] Tem um momento de extrema e simples verdade em meio à pós-verdadeirice vigarista de 2016. Quando foi vazado o áudio de uma conversa telefônica grampeada ilegalmente entre o ex-presidente Lula e a até então presidenta Dilma, um pouco antes de ela ser deposta, e na iminência de ele ser preso, Lula, ao saudar a companheira de partido e sucessora, disse: “Oi, querida. Tudo bem?”. Uma pausa de Dilma, tão grave quanto ela. Então ela responde: “Não, Lula, não tá, né? Não tá tudo bem não!”. Afirmação que, obviamente, o ex-metalúrgico não teve como negar. “É, é...” – concordou ele quase que envergonhado.
[Rogério Castro*] O dia 31 de agosto do ano de 2016 acaba de entrar para os anais dos importantes acontecimentos da história nacional por conta da condenação – sem provas – da presidente da República Federativa do Brasil, Dilma Rousseff, não supérfluo o registro, reeleita pelo voto livre e direto em 26 de outubro de 2014 para um mandato de quatro anos (2015-2018).
[Ilka Oliva Corado, Tradução de RevistaDiálogos do Sul] Procurei até debaixo das pedras algum comunicado feminista e burguês, onde se manifeste o rechaço ao Golpe a Dilma e à perseguição política sofrida por Cristina (e com ela As Avós e Mães da Praça de Maio e Milagro Sala, entre tantos outros) porém, ou não procurei bem ou não existem. Feministas manifestando-se individualmente, sim eu vi, mas esse é outro panorama. Falo do conglomerado que em outros casos se manifesta imediatamente.
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